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Dominante e arrebatador: Márquez dá mais um passo no olimpo do esporte.

Ele tem só 26 anos, mas já esgotou há muito a cota de adjetivos com que pode ser definido. Na sétima temporada na MotoGP, Marc Márquez escreveu mais um capítulo de sua história neste domingo (6)  ao conquistar o sexto título da classe rainha do Mundial de Motovelocidade de 125cc e Moto2. Tal qual tem feito desde que chegou à elite do Mundial, Márquez apresentou neste ano uma versão aprimorada.

Como se fosse um sistema operacional, o #93 começou 2019 com uma atualização que não só baixou drasticamente o número de quedas ― que agora acontecem apenas quando ‘pode’ ―, mas que, especialmente, o fez funcionar como o melhor dos relógios suíços. Com exceção do GP das Américas ― quando caiu na liderança isolada da prova ―, Márquez grudou no top-2 feito carrapato: até este GP da Tailândia, o espanhol conseguiu nove vitórias e esteve cinco vezes no segundo lugar.

Com uma temporada que, como bem definiu Valentino Rossi, beira a perfeição, Márquez chegou à 15ª das 19 etapas da temporada com o primeiro match-point do título e, tal como fez em 2014, 2016 e 2017, não adiou o inevitável.

Desde que chegou à classe rainha, Márquez perdeu um único título ― o de 2015, que ficou Jorge Lorenzo ―, mas, ao contrário do que acontece em outras categorias ou em outros momentos do esporte a motor, o domínio do piloto de Cervera não tem a ver com o equipamento, mas, sim, com o uso que ele faz de sua RC213V. Em um ano tão próximo do impecável, fica claro que é Márquez quem leva o protótipo de Honda além de suas possibilidades. Uma evidência? Enquanto um dolorido Marc ― consequência de um forte acidente na sexta-feira ― conquistou o terceiro lugar no grid de Buriram, as outras máquinas da asa dourada sequer alcançaram o Q2 ― Cal Crutchlow largou em 13º, Takaaki Nakagami em 14º e Jorge Lorenzo num distante 19º.

Além disso, é válido ressaltar que Márquez vale praticamente por dois. Com mais 300 pontos na classificação, o espanhol somou mais tentos ao longo do campeonato do que o duo da Yamaha, por exemplo, tem no Mundial de Equipes.

Em uma carreira marcada pela precocidade, não é de se surpreender que Márquez tenha se tornado o mais jovem hexacampeão da história da classe rainha. O #93 já mostrou uma e outra vez que é um dos grandes deste esporte e, ano após ano, deixa mais e mais claro que tem potencial de sobra para bater todos os recordes. Muito se fala sobre Marc igualar os nove mundiais de Valentino Rossi ― o que pode acontecer já em 2020 ―, mas o recorde de Giacomo Agostini, a lenda máxima do esporte a motor em duas rodas, também está sob ameaça. Afinal, aos 26 anos, o filho de Roser e Julià tem tempo mais do que suficiente para alcançar os 15 títulos do italiano ― e, justiça seja feita, de forma bastante mais inconteste, dado o nível do grid, o volume de corridas e o fato de que, ao contrário de Ago, o espanhol não pode disputar mais de uma categoria por temporada.

Se o pentacampeonato já tinha credenciado Márquez definitivamente para a lista dos maiores, a conquista deste domingo coloca o sorridente piloto da Honda de vez no olimpo que costumava ser habitado apenas por Agostini e Rossi. É verdadeiramente um privilégio poder ver a história ser reescrita mais uma vez. Ainda mais tão pouco tempo depois de ela ter sido reescrita pelo #46. 

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