Quando o presidente de Ruanda disse em agosto passado que queria que todas as motocicletas do país fossem elétricas o mais rápido possível, a lista de espera da Ampersand deu um salto. A primeira empresa de motocicletas elétricas de Ruanda agora tem cerca de 7 mil pessoas na fila para seus veículos. O problema é que a empresa pode entregar apenas 40 unidades até o final de março.
Para Josh Whale, presidente da Ampersand, a demanda mostra que a população da África não está satisfeita com tendências de segunda mão de países ricos. As pessoas estão impacientes pela tecnologia mais eficiente.
“Os países aqui pularam os telefones fixos e foram direto para os celulares, e pularam as finanças convencionais para ir direto ao dinheiro digital”, disse. “Agora, o crescimento da África pula da gasolina para os veículos elétricos.”
O interesse é particularmente forte na África Oriental, a região de crescimento mais rápido, onde a população deverá mais do que dobrar até 2050 e muito dinheiro está fluindo para o crescimento e estabilização da rede elétrica. As fontes renováveis já respondem por quase 90% do fornecimento de energia em alguns países da região, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável.