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MOTOS ELÉTRICAS, O BRASIL ESTÁ PRONTO PARA ESSA REALIDADE?

A participação total no mercado nacional de motocicletas elétricas é de apenas 0,59

O Brasil caminha a passos tímidos rumo ao aumento de motos elétricas nas ruas por diversos motivos. A pouca autonomia para as mais acessíveis, que seriam para substituir as de baixas cilindradas, a falta de estrutura para recarregar os veículos, a demora no carregamento, escassez de manutenção especializada e valor elevado para motos importadas com autonomias maiores, mostram que o Brasil ainda precisa se adequar melhor. No entanto, mesmo com esses pontos jogando “contra”, o mercado de motos elétricas cresce de forma consistente.

Voltz EVS – A moto elétrica mais vendida no Brasil

O mercado brasileiro possui poucos modelos de motos elétricas, Todos os modelos abaixo exigem carteira nacional de habilitação categoria A e também emplacamento, assim como toda a documentação. Dependendo da região, há isenção de IPVA e outros benefícios para veículos elétricos.

Confira abaixo o Top 10 das motos elétricas no Brasil:

1 – Voltz EVS – R$ 19.990
2 – Super Soco TC Max – R$ 45.990
3 – GWS K14RS – R$ 133.000
4 – GWS K8000R – R$ 49.240
5 – Voltz EV1 Sport – R$ 14.990
6 – Shineray SE 1 Lítio – R$ 13.990
7 – Shineray SE 1 Chumbo – R$ 10.990
8 – Shineray SE 2 – R$ 13.990
9 – Super Soco CUX – R$ 24.990
10 – GWS K4000RP – R$ 17.490

O aumento nos preços dos combustíveis e dos veículos a combustão, tem feito mais pessoas optarem por modelos elétricos de duas rodas. Os dados da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, mostraram que o emplacamento de motos elétricas entre janeiro e outubro cresceram mais de 800% na comparação com o mesmo período de 2021.

Como fica o segmento de motos de altas cilindradas?

Para entender como os amantes por grandes motores a combustão pensam, tivemos a oportunidade conversar com Alex Aguiar, motociclista há mais de 30 anos, proprietário de uma Harley-Davidson – Ultra Glide, motor de 103 polegadas cúbicas, equivalentes a 1.690 cilindradas, diretor de um dos maiores grupos de proprietários de Harley-Davidson no Brasil (Confraria Harleyros do Pará).

Você está disposto a fazer essa migração e por que?

Não, eu como motociclista apaixonado, acredito que o motor tem que ser aquecido, o ronco ouvido e as emoções vividas. Ser um Harleyro é um ideologismo, o amante do motociclismo termina sendo totalmente rendido por esse estilo de viver, andar e estar com irmãos na estrada da vida.


Alex Aguiar – Diretor Confraria Harleyros do Pará

Como você olha esse novo mercado? 

Acredito que seja o futuro para quem usa motos como meio de transporte, para trabalho no dia a dia, porém para quem abraça o mundo do motociclismo, tem como hobby, gosta de viajar e estar com pessoas que compartilham do mesmo pensamento, falar de mecânica, customização, é colocar um pouco da sua personalidade na moto, faz parte dos assuntos entre motociclistas. Não é atoa que temos milhares de empresas que fabricam acessórios e peças para esses amantes dos motores a combustão, gerando emprego e renda, com isso não acredito que acabe facilmente, falo em relação ao Brasil, que ainda engatinha com poucas opções no segmento elétrico.

Continuando com a gigante Harley-Harley Davidson

H-D LiveWire One – A primeira moto elétrica da marca

A H-D LiveWire One é o primeiro modelo lançado da gigante americana, sendo possível viajar cerca de 234 km dentro da cidade com uma única carga, porém esse número é menor para viagens em rodovias devido a velocidade maior. Para carregar a H-D LiveWire One, o tempo médio necessário para a bateria ir de 0 a 100 por cento é de 60 minutos, ou 45 minutos para uma carga de 80%.

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A nova motocicleta elétrica da Harley-Davidson esgotou em 18 minutos após o lançamento

A  linha LiveWire ainda não vem para o mercado brasileiro, a H-DS2 Del Mar é a moto de entrada do segmento elétrico da marca, em versão especial de lançamento foi limitada em 100 unidades e será entregue no primeiro semestre de 2023 nos Estados Unidos.  A H-DS2 Del Mar tem 81 cv de potência e 60,83 kgfm de torque. Com isso, ela consegue ir de 0 a 96 km/h em 3.5 segundos.


Motos elétricas no Brasil, é difícil acreditar que hoje isso seja uma realidade, mas é verdade!

Não é somente o mercado de automóveis que possui representantes energizados, as motos elétricas vieram para ficar também. Ainda estamos bem distante do mercado internacional, não somente com a questão de modelos, mas também estrutural, porém é algo que com o investimento das montadoras e incentivo do governo, o Brasil pode se tornar um grande consumidor da tecnologia sustentável, afinal a finalidade da migração é em prol do meio ambiente.


Enquanto o nosso país ainda se adequa a essa nova realidade, vai ocorrendo uma evolução tecnológica e atrativa no mundo, pois não será fácil fazer os apaixonados trocarem os roncos de suas motos. O mais importante é que a paixão por duas rodas não para de crescer. 

Matéria de Victor Athayde


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