Em busca de independência, o número de mulheres motociclistas cresceu nos últimos anos.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, até novembro do ano passado havia 7.833.121 mulheres habilitadas para esse tipo de veículo no país. Esse número representa um salto de 95,7% na comparação com 2011, quando elas somavam 4.002.094 de carteiras de habilitação na categoria A.
Com o aumento do desemprego na pandemia, muitas mulheres encontraram na motocicleta uma saída para conseguir uma fonte de renda ou uma renda extra.
O público de mulheres que pilotam motocicleta cresceu e para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo: “é um público exigente. Por isso, o mercado precisa estar atento às suas necessidades.”
Se analisar os dados em relação à faixa etária das mulheres com carteira de habilitação com categoria A, temos uma surpresa.
O aumento mais expressivo de mulheres com permissão para guiar motocicletas está na faixa acima de 60 anos. No período de 2011 a 2020 teve um aumento de 524%, passando de 23.646 para mais de 147.000 mulheres habilitadas na categoria A.
O segundo maior crescimento, em termos percentuais, foi na faixa etária entre 51 a 60 anos com um crescimento de 310%.