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COMO MINIMIZAR RISCOS DE ROUBO E FURTO DE MOTOS

Não existe um método 100% para evitar o roubo ou furto da motocicleta, mas podemos dificultar. Confira as dicas para evitar sair no prejuízo

Baseado nisso, os nossos cuidados com esses bens tão importantes, também passam dos limites… às vezes… a ponto de não sairmos mais de casa, ou deixarmos de fazer o que gostamos.

Sempre que vestimos o capacete e apertamos o start na moto, parece “virar um chavinha” e algo muda dentro de nossa cabeça. Sei lá o que acontece, só sei que acontece.

Esse relacionamento tão “diferente” nos leva a ser mais zelosos com essas máquinas apaixonantes, chegando a beirar a doideira!

Mas, como educamos as crianças com “bons hábitos”, o mesmo deveríamos fazer conosco para termos mais tranquilidade e nos sentirmos mais seguros.

Vamos a definição de hábito segundo o dicionário do Google:

1-maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo;

2-maneira permanente ou frequente de comportar-se; mania;

Pois bem, nosso hábitos com nossas motos podem ajudar e muito para diminuirmos as chances de ficarmos sem elas, correr riscos ou passarmos alguns apertos.

Vamos pensar desde o começo, quando compramos. A primeira coisa que nos passa pela cabeça é o Seguro. Por “N” motivos fazemos ou deixamos de fazer o seguro do veículo, cada um tem seus motivos para isso, mas, o principal seria o financeiro: O seguro é caro! “Com o dinheiro do seguro eu pago outra coisa”. “Eu sempre tive e nunca usei, dava para comprar outra moto com o valor”. Enfim, cada um com o seu motivo, e deve-se respeitar cada escolha, mas quando acontece o roubo/furto o papo muda: “Puts, deveria ter feito seguro”, “se tivesse seguro já estava com outra moto”.

Uma coisa é certa, as seguradoras não gostam de pagar o prêmio do veículo roubado/furtado e nós não gostamos de ser roubado/furtado, ou seja, é interesse de ambas as partes dificultar a vida para os criminosos.

Para isso, antes de pensarmos em comprar algo devemos pensar em nossas atitudes e, talvez, mudar algumas delas.

Em se tratando de roubo, quando nos pegam em cima da moto, é a mais perigosa e traumática por vários motivos que incluem, na pior das hipóteses, a morte.

Mas se tomarmos um pouco de cuidado, conseguimos diminuir as chances de acontecer o pior.

1- Enquanto estamos rodando na cidade, a atenção tem que ser dividida entre o trânsito e também nos movimentos ao redor como: motos com duas pessoas aproximando, não permanecer na mesma faixa e mesma velocidade o tempo todo, tentar se manter em posição onde menos motos trafegam, retardar chegadas em semáforos fechados, não repetir o mesmo trajeto sempre, e por aí vai. Entre uma pessoa atenta e outra distraída, a que estiver “ligada” no ambiente leva uma vantagem de não ser abordada, pois pode frustrar uma tentativa.

2- Chegar em casa tem sido um problema corriqueiro que faz muitas vítimas. Esse é um caso complicado a meu ver pois, a pessoa tem um destino que, se conhecido pelo bandido, fica muito difícil evitar o pior. Se morar em prédio e tiver portaria melhor, menos riscos, mas, se for casa é complicado. Mesmo com portão eletrônico é difícil de evitar. Voltamos no tópico 1, e devemos estar atentos com o caminho e o movimento ao nosso redor. Fazer caminho diferente e pouco provável que outra moto com dois ocupantes fariam já é uma alternativa. Se tem veículo suspeito acompanhando, vá para outro lugar, de preferência com movimento. Prestar atenção em carros parados perto de sua entrada, ameaçar parar e continuar para notar alguma movimentação ao redor, enfim,temos que estar ligados!

3- Na estrada já é menos tenso, mas a regra de ficar atento com o entorno ainda é importante, além de prestar atenção em retornos menos movimentados, onde parar para esperar outras pessoas, tentar rodar com mais motociclistas e sempre dar uma “mudada” na faixa de rodagem para ver a reação de um suspeito…

Mas lembrando, não existe um plano infalível, existe mais cuidado e menos cuidado.

Já quanto a furto, é uma situação menos traumática, ou melhor, pode ser menos traumática e com mais opções de impedimentos de nossa parte.

No mercado existem inúmeros produtos para dificultar a vida da bandidagem e manter nossas motos menos vulneráveis. Uma coisa é certa: Entre uma moto com trava e outra sem, as chances da moto com trava ser roubada é menor.

1- Travas de bengala: normalmente para motos de baixa cilindrada, trava a roda dianteira usando a bengala como apoio.

2- Trava de coroa: Para motos de baixa cilindrada também. Fixada na balança da moto, com a chave ela aciona um pino que impede a coroa de girar.

3- Trava de disco: Para motos com freio a disco em geral, é fixada na furação do disco e impede a roda dianteira de girar. Existem vários modelos: com alarme, com cabo de “lembrete”, e só a trava, que normalmente vem bem colorida para que o condutor não esqueça de retirar antes de sair com a moto.

4- Trava de manete: um dispositivo que é colocado no acelerador e freio da moto. Quando instalado impede que acelere e mantém o freio acionado.

5- Correntes ou cabos: De vários tamanhos, podem ser usados para travar as rodas dianteira ou traseira, prendê-las a outra moto ou, a um poste por exemplo. Pode-se prender o capacete junto.

6- Cadeado: Muito usado, os cadeados comuns podem ser fixados no disco de freio, na coroa e na corrente, mas, a eficiência está relacionada com o tamanho do cadeado e a potência da moto. Por sorte a alguns muitos anos atrás, arrebentei um cadeado que esqueci no freio de uma CB 400 e nada aconteceu com o disco ou freio da moto!

Obs: Lembro que a um “tempinho” atrás (uns 30 anos), eu tinha outra opção que usava nas DTs, Xls e CBs que tive. Eu arrancava o cachimbo da vela, colocava no bolso e pronto. Hoje nem todas as motos podem fazer isso, não recomendo, pois tem muita eletrônica envolvida.

Pois bem, além dessas opções de segurança, devemos ter outras no mercado que não citei, mas é só para mostrar que, com pouco investimento, podemos dificultar a vida da bandidagem.

Além disso, ainda temos os alarmes que, dependendo da moto, deve ser checado com o fabricante a respeito de garantia, pois a instalação pode lhe tirar o direito da mesma. Portanto fique atento, pois existem vários tipos de alarmes.

Aproveitando, em um dos testes de motos elétricas que fizemos aqui no MOTO.com.br, a moto já vinha com alarme que, além do som emitido muito alto, ainda travava as rodas. Achei muito bom!

Mas não acabou, além disso tudo, ainda existem rastreadores!

RASTREADORES PARA MOTOCICLETAS

Bom, os rastreadores são muito eficientes e tem grande taxa de recuperação dos veículos, além de várias funções, quer ver?

1- O rastreio é em todo território nacional;

2- Tem como definir perímetro de atuação e criar alertas em caso de ultrapassagem;

3- Funciona com a moto desligada, ou seja, carregaram a moto na Kombi…está rastreada;

4- Pode monitorar sua moto em tempo real pelo celular;

5- Central de emergência 24 horas;

6- Pode ser instalado em motos de entregas;

Além disso existem outras vantagens, como: Pode ser contratado junto com o seguro da moto que, por sua vez pode agregar outros pontos favoráveis que usualmente existem no mercado (carro reserva, guincho, socorro, carga de bateria, pane seca…), vale a pena dar uma pesquisada!

Enfim, se você vive na realidade Brasil, a segurança é uma assunto que sempre está em pauta, portanto, esse texto foi escrito para tentar mostrar as possibilidades de dificultar que levem nosso bem tão estimado. Isso inclui desde a maneira como agir, até como investir para que a nossa tranquilidade aumente mais.

Garantia que não passaremos por isso? Não existe, mas podemos fazer a nossa parte de nos protegermos mais.

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