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Dafra NH 300 tem visual off-road, mas seu ambiente é a cidade

A nova Dafra NH 300 chega como mais uma opção no disputado segmento de motos trail de 250 a 400 cilindradas, onde vai disputar espaço contra as já consagradas Honda XRE 300, Yamaha Lander 250 e as indianas Royal Enfield Himalayan e Scram 411.

Com preço de R$ 23.990, a NH 300 é a aposta da Dafra para brigar na categoria, oferecendo um conjunto bem equipado e bastante equilibrado, com boa agilidade e performance para encarar o trânsito pesado com baixo índice de consumo.

Baseado no motor da Next 300, outra parceria da Dafra com a taiwanesa Sym, o propulsor foi ajustado para se adaptar às características da trail, por isso o motor é o grande protagonista com 278,3 cm³ de cilindrada, refrigeração líquida, 25,2 cv de potência a 7.500 rpm e 2,45 kgf.m de torque máximo a 6.000 rpm. Este motor é dos mais modernos e é o único com refrigeração líquida na categoria.

O desempenho não chega a empolgar, mas a NH 300 tem ótima desenvoltura no trânsito, com arrancadas rápidas e ainda usando pouco do acelerador para manter o fluxo do trânsito. As médias de consumo na cidade e estrada ficaram em 30 km/l. Na estrada a velocidade final cravou em 140 km/h e nas rodovias que permitem até 120 km/h de velocidade, a NH 300 mantém o pique numa boa e com certa sobra do motor.

A Dafra NH 300 tem freios a disco nas duas rodas e ambos são equipados com o sistema ABS, que não pode ser desligado para o ambiente fora de estrada.

Apesar de ser uma novidade, a NH 300 tem uma “cara” conhecida. Afinal, o modelo tem o mesmo design de sua irmã menor, a NH 190, atualmente a moto mais vendida da Dafra. Ambas foram criadas em parceria com a taiwanesa Sym. Da sua irmã menor, a NH 300 herda todo o conjunto de chassi, suspensões e as rodas raiadas de aro 19 na dianteira e 17, na traseira. Até mesmo os pneus de uso misto têm as mesmas medidas: 100/90-19 na dianteira e 130/80-17 na traseira. Na prática, a única diferença entre os modelos de 190 cc e 300 cc é mesmo o motor de maior cilindrada, mais potente e com maior torque máximo.

Após uma hora no percurso de estrada para a sessão de fotos achei que o assento não é lá dos mais confortáveis para longos trajetos. Com uma fina camada de espuma, causa certo desconforto após uma hora rodando e decepciona. Problema, aliás, que já era alvo de reclamações dos proprietários da NH 190.

Outro ponto negativo para quem quer viajar com a nova trail NH 300 da Dafra é a capacidade do tanque. Com apenas 11 litros a autonomia não é das maiores, portanto é preciso ficar atento aos postos de abastecimento para não ficar na roubada numa pane seca, pois a NH 300 roda por volta de 300 km com um tanque.

Afinal, embora seja classificada como uma moto trail, a linha NH tem uma “pegada mais urbana”, ou seja, usa roda aro 19, na dianteira, ao invés do aro 21 das motos trail puro sangue, como Yamaha Lander e Honda XRE 300.

A suspensão dianteira tem curso de apenas 135 mm, dificultando a pilotagem nas estradas de terra esburacadas. Em valetas maiores e buracos mais profundos, a NH 300 chegou a dar fim de curso na dianteira e não transmitiu tanta confiança, apesar de os bons pneus Pirelli MT 60 serem de uso misto. Nessa hora, é preciso reduzir a velocidade para evitar que as suspensões cheguem no limite.

A Dafra NH 300 vem equipada com um painel digital completo, entrada USB sobre o tanque e sistema de iluminação full-LED e pisca alerta para emergências.

Na minha opinião, se você vai rodar apenas na cidade, seja em pequenos deslocamentos ou a trabalho, talvez não valha a pena pagar mais pelo novo modelo. Afinal, a diferença entre elas é de R$ 6.000, praticamente R$ 1.000 por cavalo extra. Além de mais cara, a NH 300 é 13 kg mais pesada. São 154,3 kg de peso a seco contra os 141 kg da NH 190. Acho que a NH 300 vale a pena sim se comparada às motos populares de 150 e 160 cilindradas, pois o conjunto é mais equilibrado e de funcionamento melhor.

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fonte: https://motociclismoonline.com.br/testes/dafra-nh-300-apesar-do-visual-off-road-ela-e-mais-apropriada-para-uso-urbano/

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