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Honda CBR 1000RR-R Fireblade, a supermoto que tem preço de carro e desempenho de caça

Superesportiva encosta nos R$ 200 mil e passa dos 300 km/h com motor 999cc de 217 cv

Eu não vou tentar te enganar dizendo que sou um piloto experiente. Do alto de minha scooter de 125 cm³ para o guidão rebaixado da Fireblade, confesso que o salto foi grande demais. Uma Honda CBR 1000RR-R não é para mim.

Ela tem motor de quatro cilindros em linha de 999 cc – o suficiente para produzir 217 cv a 14.500 rpm. Isso a coloca entre as mais potentes do mercado, junto com Ducati Panigale, Yamaha YZF-R1, Kawasaki Ninja ZX-10R e Suzuki GSX-R1000.

Honda CBR 1000RR-R Fireblade passa dos 300 km/h e tem motor de 217 cavalos — Foto: autoesporte

Totalmente voltada para a esportividade, tem recursos específicos para garantir a estabilidade em alta velocidade. Note a entrada de ar central na dianteira, entre os faróis.

Essa enorme abertura permite o fluxo de ar direto para o radiador na parte inferior da carenagem. Aliás, a dianteira também tem aletas nas laterais projetadas para aumentar o downforce na região dianteira. Acima de 120 km/h, esse efeito aerodinâmico acrescenta 10 kg de pressão na roda da frente – tudo para privilegiar o contato com o solo.

De fato, em alta velocidade, não se sente oscilação alguma por conta de ventos laterais ou pelo impacto do ar frontal. E é muito. Porém, em posição de pilotagem, a aerodinâmica do escudo é suficiente para reorientar o fluxo de ar, o que evita esse estresse sobre o condutor.

Há também estratégias de construção para conter o peso, como o chassi de alumínio e peças de fibra de carbono. O escapamento foi projetado em parceria com a Akrapovic.

Carenagem tem dutos de ar projetados para aumentar a pressão aerodinâmica no eixo frontal — Foto: autoesporte

O dono irá encontrar na Fireblade todas as tecnologias de assistência à condução que existem em automóveis, como controle de tração, freios com ABS, monitor de freio motor e assistentes de estabilidade que evitam o destracionamento dos pneus.

Devido ao torque de 11,8 kgfm a 12.500 rpm, praticamente não é necessário utilizar a primeira marcha em baixas velocidades. Também é preciso se acostumar com uma rotação tão elevada para a obtenção de força máxima.

Pilotos inexperientes (meu caso) tendem a antecipar demais as trocas de marcha, deixando de aproveitar toda a curva de potência do propulsor. O câmbio é de seis marchas e tem o auxílio de quickshifter e controle de largada.

Com esses recursos, é possível fazer arrancadas a partir do zero sem giro em falso dos pneus, o que reduz os tempos de aceleração. Como a relação peso-potência da Fireblade é absurdamente baixa, essa superesportiva vai de 0 a 100 km/h em menos de três segundos, com velocidade máxima beirando os 312 km/h.

Os faróis são de LED e estão integrados à carenagem, mas não fazem alusão ao modelo de 1992. Essa Fireblade histórica aí da foto pertence à própria Honda Motos do Brasil e foi restaurada aqui mesmo no país, sob encomenda da filial brasileira.

A posição de pilotar não deve ser confortável em trânsito urbano, mas perfeita na pista. Meu rápido contato com a CBR foi no autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu. Na saída da curva que leva à reta principal, eu estava a 200 km/h em menos de 10 segundos, com muita reta antes da frenagem. Daria para ir mais, pois sobrava motor, mas faltava coragem a quem aqui escreve.

Honda Fireblade: Superesportiva encosta nos R$ 200 mil e é vendida sob encomenda — Foto: autoesporte

Nessa condição, com meu corpo praticamente deitado sobre o tanque, guidão rebaixado e pernas bem juntas à carenagem, me surpreendeu a eficiência aerodinâmica. Praticamente não se sente “no peito” a ação do vento, e o desenho da moto ajuda a eliminar os efeitos de ventos laterais.

Não só pelo preço, mas pelas características de pilotagem, fica muito nítido que a Fireblade é voltada para um público muito específico e, de preferência, com conhecimento de pilotagem esportiva. Não é um veículo projetado para ser conduzido sem treino.

Painel digital de TFT customizável. Na parte inferior, o mostrador dos níveis de ativação do controle de tração e estabilidade — Foto: autoesporte

O painel de instrumentos tem tela de TFT de 5 polegadas. É possível personalizar a visualização de informações, bem como ajustar, por meio da tela, o mapa de aceleração do motor, assim como o nível de atuação do controle de tração e estabilidade.

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fonte:https://autoesporte.globo.com/testes/review/2023/06/honda-cbr-1000rr-r-fireblade-a-supermoto-que-tem-preco-de-carro-e-desempenho-de-caca.ghtml

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