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MotoGP e Superbike, entenda as diferenças.

Neste próximo final de semana os dois campeonatos mais importantes da motovelocidade mundial terão etapas na Europa. A MotoGP aterrissa em Portugal, na espetacular pista de Portimão, no Algarve, onde realizará a 5ª etapa de uma temporada recorde, com nada menos que 21 Grandes Prêmios. Já o Mundial de Superbike, conhecido, pela sigla WSBK (World Superbike…), fará a 2ª etapa de um total de doze na pista de Assen, na Holanda, local apelidado “A Catedral da Motovelocidade” por sua longa tradição no motociclismo.

Materiais compósitos, caros, são comuns na MotoGP Imagem: Ducati/Divulgação Como diz o título lá em cima, este meu blábláblá vai tentar jogar um pouco de luz sobre as diferenças destes importantes campeonatos da motovelocidade mundial, que muitas vezes são futebolisticamente simplificados, com a definição de que um, a MotoGP, é Série A, onde estão as melhores equipes e pilotos, e o WSBK seria Série B. Aviso que não é bem assim.

Enquanto no futebol os melhores times jogam na Série A, onde os que jogam a Série B querem chegar, entre MotoGP e WSBK a “bola” (as motos…) é outra. No campeonato da MotoGP todas as motocicletas são protótipos especialmente construídos para uso em competição. Já no WSBK, as motos são derivadas de série, ou seja, modelos que estão à venda normalmente nas concessionárias.

São iguaizinhas iguaizinhas? Quase: o uso em pista, extremo, exige adaptações e ajustes que vão além da simples retirada de pisca-piscas, farol exigidos nas vias públicas e troca de componentes importantes como escapamento e freios. As alterações visam aumentar a segurança e a performance em pista, mas de um modo geral dá para dizer que a Honda CBR 1000RR-R Fireblade vendida no Brasil é bem semelhante à Fireblade usada pela equipe oficial da Honda no WSBK.

Do lado prático, MotoGP e WSBK apresentam um marcante degrau em termos de performance. Dependendo da pista, a diferença de tempo de volta dá vantagem média entre 3 e 6 segundos para os protótipos, que tem motores mais potentes e são mais leves. Porém, a maior diferença não está na cavalaria dos motores ou na velocidade máxima, mas sim no poder de frenagem e rapidez em curva, o que tem mais a ver com a parte ciclística, chassi, suspensões e freios.

Pilotos que já tiveram a oportunidade de competir na MotoGP e também no WSBK são unânimes em afirmar que as WSBK “mexem” bem mais, ou seja, quando levadas ao limite a estrutura principal da moto, o chassi, não oferece a mesma estabilidade dos protótipos, e que também suspensões e freios estão um degrau abaixo, principalmente estes últimos, uma vez que na MotoGP os discos de freios podem ser de fibra de carbono, enquanto na WSBK são metálicos.

Quanto custa uma MotoGP? Não é possível comprá-las, apenas pagar o leasing por uso em temporada, mas chuto que o preço de uma máquina completa não seria menor do que cerca de 15 milhões de reais, cifra que não engloba os altos custos de desenvolvimento. Já na WSBK a conta sai bem mais… em conta! A Honda CBR 1000RR-R SP é vendida nas concessionárias da marca no Brasil por cerca de R$ 150 mil, já a Fireblade da equipe oficial Honda do Mundial de Superbike alcança talvez seis vezes este valor, algo perto do R$ 1 milhão em função da sofisticação das partes modificadas, que porém não alteram a estrutura nem a essência da moto.

Resumo da ópera? A categoria máxima, a MotoGP, é máxima mesmo. O valor da moto é pelo menos 15 vezes superior ao da WSBK, e é na MotoGP que está a mais alta tecnologia, de onde vem todo o “show de desenvolvimento técnico”, a pesquisa de soluções e materiais que desemboca justamente nas motos de série, aquelas usadas no WSBK. Quanto ao espetáculo oferecido, a competição em si, aguardem pois o assunto merece outra coluna!.

Fonte: https://www.uol.com.br/carros/colunas/motoesporte/2022/04/20/motogp-e-superbike-entenda-as-diferencas.htm

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