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Ruídos na moto? Porque é que parece que alguma coisa está solta?

Nunca sabemos ao certo de onde surgem. Mas a verdade é que muitas vezes ouvimos ruídos na moto que nos deixam com a certeza de que há algum problema. Neste artigo identificamos cinco ruídos e possíveis soluções para os deixar de ouvir.

Ser proprietário de uma moto é uma sensação única. Recorda-se do dia em que a foi buscar ao concessionário? Era perfeita! Nova, limpa, e quando a ligou pela primeira vez o motor não fazia qualquer ruído. Tudo está bem quando a moto é nova.

Porém, com o passar dos quilómetros (e anos), é normal que a sua moto comece a fazer ruídos estranhos. Há várias razões para que isso aconteça, muitas vezes razões ligadas a uma manutenção menos cuidada da sua parte.

Outras vezes porque as motos usam muitos componentes mecânicos móveis, que se desgastam com o uso, e por isso acabam por fazer ruídos fora do comum e que indicam que se calhar está na hora de se proceder à sua substituição.

Abaixo vamos identificar cinco ruídos comuns e que deixam os motociclistas “loucos”. Deixamos também algumas indicações úteis de como poderá acabar com os ruídos na moto.

1 – O motor emite um som parecido com “tic tic tic tic” quando está frio, e o ruído não desaparece. Apenas acontece enquanto ganha temperatura

Seguramente que o motor da sua moto, para estar a fazer isto, já conta com bastantes quilómetros e provavelmente estará na altura de olhar para o livro de manutenção da sua moto e confirmar se chegou o momento de afinar as válvulas, trocar a correia ou a corrente de distribuição, ou ainda o tensor da distribuição.

Não convém “esticar” em demasia os prazos de manutenção definidos pelo fabricante da moto. Um excesso deste tipo pode resultar num prejuízo enorme e uma falha mecânica grave.

Realizar a manutenção destes componentes de acordo com o calendário definido no livro de manutenção da moto assegura que o motor estará a funcionar no seu máximo rendimento ao longo dos anos. Cada vez que ligar a sua moto, aguarde um pouco para que a temperatura suba. Isto permitirá que o sistema de lubrificação consiga fazer chegar o lubrificante a todos os componentes internos, evitando o desgaste prematuro.

Para ter uma ideia se o motor está numa temperatura aceitável para poder começar a conduzir a sua moto, verifique a indicação de temperatura do líquido de refrigeração ou do óleo.

Evite acelerar bruscamente caso o motor esteja frio.

2 – O amortecedor traseiro faz ruídos como as molas de uma cama antiga

3 – Quando acelera a moto em andamento é gerado um ruído muito intenso e as rotações sobem de forma inexplicável sem que a velocidade da moto aumente de forma correspondente

A causa mais provável para este ruído anormal e comportamento será o cabo da embraiagem demasiado tenso / esticado. O cabo de embraiagem pode ser ajustado. Deverá ser ajustado para que fique com uma folga de cerca de meio centímetro antes de começar a atuar.

Outra razão para este ruído e comportamento pode ser o desgaste muito elevado dos discos de embraiagem. Neste caso a sua substituição deverá acontecer de forma imediata, uma operação que tem de ser realizada por um mecânico.

No sentido de maximizar a vida da embraiagem, há certas coisas que poderá fazer durante a condução da sua moto.

Utilize todo o curso da manete de embraiagem e use-a apenas nos momentos de arranque, de troca de caixa ou quando pretende colocar a caixa em neutro. O mais importante aqui é não submeter a embraiagem a esforços inúteis. Um exemplo disto é, quando paramos num semáforo, em vez de colocar a caixa em neutro, manter a primeira relação engrenada e apertar a manete de embraiagem enquanto esperamos que o semáforo fique verde para arrancar.

Quanto mais tempo esperamos no semáforo, maior a temperatura gerada, e maior será o desgaste dos discos de embraiagem.

4 – O sistema de escape está a fazer um som mais grave como uma moto de competição

Nesta situação vai ter de se ajoelhar. O objetivo será procurar ao longo do sistema de escape (coletores e ponteira) alguma fuga provocada por uma rutura da parede dos tubos dos coletores ou um tubo mal encaixado noutro. Caso o sistema apresente alguma fissura ou esteja mal encaixado, certamente a moto ficará com uma sonoridade próxima aquela que associamos a uma moto de competição, porém a performance da sua moto não será a ideal.



A boa notícia é que na maioria dos sistemas de escape estas ruturas ou fissuras podem ser facilmente reparadas com uma soldadura. Caso a fissura seja demasiado grande ou a corrosão muito extensa, deverá considerar a substituição do sistema de escape.

Para maximizar a vida útil do sistema de escape da sua moto, há algumas coisas que pode fazer. Se viver junto ao mar ou numa zona onde a humidade seja acentuada, deverá proteger a moto num local fechado ou protegido com uma capa que proteja da chuva. Sistemas de escape cromados estão sujeitos a maiores cuidados de manutenção, e cada vez que os limpamos deveremos usar produtos próprios para manter o brilho sem estragar o tratamento superficial do cromado.

5 – Sistema de travagem dianteiro faz muito barulho

Provavelmente deverá estar na altura de trocar pastilhas de travão e os discos, componentes que têm uma vida útil algo limitada. Se o ruído proveniente do travão dianteiro for demasiado exagerado então as pastilhas já estão totalmente desgastadas e os pistões metálicos da pinça estão a apertar diretamente no disco de travão.

Se as pastilhas ainda não chegaram a este ponto de desgaste exagerado, então pode ter-se dado o caso de estarem contaminadas com partículas metálicas do disco. Neste caso a sua substituição também deve ser realizada o mais rápido possível.

A manutenção de um disco de travão começa com uma inspeção visual frequente. Verifique se a superfície do disco apresenta zonas de desgaste acentuado ou anormal, verifique a espessura do próprio disco, e acima de tudo confirme que o disco não está empenado pois isso criará vibrações indesejadas e uma travagem muito menos eficaz.

E já que estamos a falar de manutenção do sistema de travagem, aproveite para verificar o estado dos tubos de travão. Estes tubos levam o hidráulico desde a bomba de travão – na manete ou no pedal – até à pinça de travão. A borracha, com o passar dos anos, e por estar sujeita às condições climatéricas como água ou sol, frio e calor, perde a sua estanquicidade e o próprio líquido de travões perde as suas características absorvendo humidade.

Convém trocar os tubos de travão ao fim de alguns anos e sempre que revelem estar danificados. Uma boa solução que deve ter em conta é adquirir tubos de travão de malha de aço, metálicos, que resistem melhor e garantem uma eficiência maior do sistema de travagem em condições de condução extremas ou mais exigentes.

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