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Harley-Davidson desmente boatos sobre sua saída do Brasil

Há alguns meses a Harley-Davidson do Brasil anunciou o fim da produção da família Sportster em função de nova estratégia mundial da marca para seus produtos. Depois algumas concessionárias da marca fecharam suas portas, fato que culminou nos boatos de que a Harley poderia estar encerrando as atividades no país.

A Harley-Davidson consolidou sua operação no Brasil depois de assumir o domínio da marca, até então representada com exclusividade pelo HDSP Grupo Izzo em 2011. Naquele momento anunciaram uma nova fábrica para montar as motos em Manaus e investiram no aumento da rede de concessionárias. De lá para cá, a Harley cresceu e se fortaleceu.

A Harley-Davidson há algum tempo vem anunciando medidas que visam reformulação no negócio da empresa (o fim da família Sportster foi uma delas), batizadas inicialmente de “The Rewire” ou religar a empresa, com um plano de cinco anos que se inicia agora em 2021 e vai até 2025.

O anúncio do fechamento da ABA Harley-Davidson (a concessionária de maior volume de vendas em São Paulo) e de outras seis concessionárias da marca pode ser o prenúncio de uma reviravolta nos negócios da marca, não só no Brasil, mas no mundo todo.

Segundo informações extraoficiais da concessionária ABA, a Harley-Davidson pretende trabalhar com a linha de produtos mais cara, deixando, por exemplo, de produzir os modelos com motor 107®, como Fat Boy, Fat Bob e Sport Glide, focando seus esforços nos modelos de maior valor agregado.

Ainda segundo informações internas da concessionária, o volume de vendas médio da loja cairia de 48 motos/mês para 18 unidades ao mês. Ainda segundo a concessionária, a Harley pretenderia deixar os clientes em espera de até 90 dias pelos modelos da marca, a estratégia seria para tornar a marca mais exclusiva, algo como a Porsche por exemplo.

No comunicado a ABA ainda coloca:

“A HDMC vem mudando globalmente e, localmente a H-DB alterou severamente as Regras de Negócio e Política Comercial inviabilizando nosso Projeto, portanto, definimos por uma saída amigável. Tais mudanças vem impactando de forma que o volume de vendas será reduzido drasticamente (aumento severo de preços, fim da Família Sportster, fim da motorização 107, dentre outras mudanças), além da severa redução de margem do concessionário”.

Por outro lado, nós acreditamos que os novos modelos lançados e anunciados pela Harley (LiveWire, Pan America e Bronx) poderiam aumentar o alcance da marca a novos consumidores, já a lacuna gerada pelos modelos que deixarão de existir, talvez com novas motocicletas.

A voz da Harley-Davidson

“A Harley-Davidson não está passando por uma crise, mas sim por um processo de reestruturação global. Com o novo plano estratégico de 5 anos, chamado de The Hardwire.

– Conforme anunciado no The Rewire, estamos concentrando (não encerrando) as atividades em cerca de 50 mercados principalmente na América do Norte, Europa e partes da Ásia-Pacífico.

– Os mercados da América Latina que a Harley-Davidson estrategicamente decidiu sair já foram comunicados. Consequentemente, boatos sobre o Brasil não têm fundamento.

– Não forneceremos comentários específicos sobre o fechamento de revendedores. Os termos e condições de nossos contratos de concessão são confidenciais. Portanto, não vamos comentar sobre isso”, finaliza o comunicado da H-D do Brasil.

O que podemos tirar desta situação é que a Harley-Davison está lutando para manter seu negócio mais saudável, lucrativo, também mais exclusivo. Pelo jeito os concessionários terão que ceder para se adaptar à nova política, os que não, como a ABA, deverão deixar a marca.

Essa situação forçará a Harley-Davidson a nomear novos concessionários se quiser se manter forte nas praças em que já atua.

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