As scooters estão entre os mais desejados veículos de duas rodas da atualidade. As vendas continuam crescendo e as vantagens das pequenas não são poucas. Porém, a maneira de dirigir é um pouco diferente das outras motos. Confira agora algumas diferenças e dicas para uma melhor pilotagem em scooters.
Praticidade, economia, segurança, conforto e o excelente desempenho de vendas do segmento no Brasil (aumento de 31% nas vendas no primeiro semestre de 2014), garantiram um maior número de scooters nas ruas do país. Ótimas para mobilidade no trânsito caótico das grandes cidades, as pequenas aparecem com mais força como solução para uso urbano.
No entanto, apesar de todas as vantagens, as scooters têm uma dirigibilidade peculiar, e até mesmo quem está acostumado a pilotar motocicletas encontra dificuldades na hora da pilotagem. E, por serem em geral pequenos, com aparência nada agressiva, atraem um público que jamais cogitaria ter uma motocicleta e cuja experiência ao guidão foi apenas a necessária para tirar a carteira nacional de habilitação. Por isso, separamos 5 dicas para que novatos nas scooters comecem sua vida sobre duas (pequenas) rodas:
1 – Olho na rua
Geralmente, as scooters possuem rodas de pequeno diâmetro, o que significa uma maior dificuldade na hora de encarar as irregularidades do asfalto. Mesmo em baixas velocidades, passar em um buraco ou em uma lombada de mau jeito pode ter um efeito bem pior para a estabilidade de uma scooter do que teria para uma motocicleta. Tenha atenção redobrada com as condições da pavimentação e lembre-se que quanto maior a velocidade, menor será a chance de retomar o controle em caso de um contato imediato do primeiro grau com uma inesperada irregularidade no solo.
2 – Mudanças na frenagem
Se você tem certa experiência com motocicletas sabe que a maneira correta de frear é dosar de 70% a 80% da força de frenagem no freio dianteiro, deixando ao traseiro um mero papel de coadjuvante. O freio que manda na frenagem, responsável pelo maior trabalho na redução de velocidade sempre será o dianteiro, porém, nas scooters, o freio traseiro tem mais relevância.
A razão está na própria anatomia desse tipo de veículo: nas scooters, a massa maior está sobre a roda traseira, e isso altera o modo como se deve frear diferentemente das motocicletas, em que o peso geralmente é distribuído de modo equivalente entre a roda dianteira e a traseira.
Algumas scooters mais recentes – como a Dafra Citycom 300i –, são dotadas de sistemas de frenagem combinada, no qual um dos comandos atua nas duas rodas de maneira diferenciada. Isso ajuda a obter melhores frenagens, mas não elimina a necessidade de usar sempre os dois comandos quando há necessidade de reduzir a velocidade rapidamente.
3 – Atento ao equilíbrio
Por terem rodas pequenas, o equilíbrio das scooters em movimento não é tão grande como em motocicletas. Isso ocorre pelo pequeno efeito giroscópio das rodas, que se traduz em menor equilíbrio em baixas velocidades. Pilotar muito devagar (situação comum em congestionamentos) pode ser uma experiência “trêmula”, só em parte compensada pelo baixo centro de gravidade desses veículos comparado ao das motos. Para evitar esse desconforto, pratique algumas manobras, como curvas e zigue-zagues em alguma rua tranquila para se acostumar com a scooter.
4 – Atenção redobrada com os garupas
Levar um garupa numa scooter pequena muda completamente a forma de pilotagem. Lembre-se que a massa de uma scooter incide bem mais na roda traseira, que é exatamente onde estará seu garupa. Deste modo, atenção com a roda dianteira, pois esta vai ficar quase sem carga, aumentando o risco de uma derrapagem em curvas. A pilotagem nessa condição tem de ser muito cuidadosa, levando-se em conta que o pneu dianteiro perdeu boa parte de sua capacidade de atender às suas solicitações, tanto em relação à mudança de direção quanto de frenagem.
5 – Cuide dos pneus
Ponto de contato de seu scooter com o solo, os pneus precisam de atenção especial. Por serem pequenos e geralmente finos, eles sofrem bastante para cumprir suas funções, ainda mais com o desgaste do dia-a-dia. Assim, cuide bem dele, antecipando trocas, calibrando-os com frequência e observando o possível surgimento de deformações, cortes ou bolhas. Pneu gasto é arriscado em qualquer veículo, ainda mais em um scooter.
Cuidando da sua pilotagem, a sua segurança e a durabilidade da sua scooter estarão sempre em alta, garantindo-lhe todos os benefícios que as pequenas podem proporcionar.
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fonte:https://eritonmotos.wordpress.com/2015/08/18/5-dicas-para-pilotar-uma-scooter/
