The Riders Histories
Mundo SpeedRiders-Speed

BMW S 1000RR 2024: com asas para não decolar

Modelo chega equipado com asas para se manter grudado no chão em velocidades elevadas, para-brisa mais alto, motor mais potente e muita eletrônica

A BMW assombrou o mundo em 2008 anunciando que iria disputar o Mundial de Superbikes mesmo sem uma superesportiva em sua linha. O assombro aumentou com o lançamento da “estrábica” BMW S 1000RR em 2009, com visual assimétrico e exótico. De um lado, carenagem com aberturas tipo guelras de tubarão e farol redondo. De outro, farol trapezoidal e carenagem lisa.

Porém, o exotismo virou elegância e eficiência na primeira volta, tornando-se líder do segmento. Com motor de quatro cilindros em linha e muita eletrônica, se transformou em referência no sofisticado segmento, junto com tradicionais modelos europeus e japoneses. Avançando no tempo, a nova geração da BMW S 1000RR, já como modelo 2024, chega com visual renovado, faróis e carenagens iguais e harmônicas (o visual “caolho” já havia sido desfeito), motor mais potente, mais eletrônica e aerodinâmica com asas.

São três versões a partir deste mês nas concessionárias: Premium, com preço sugerido de R$ 125.900; Premium M, por R$ 149.900; e Premium M Carbon, R$ 169.900. Todas sem o frete incluído, mas produzidas em Manaus, única fábrica da marca fora da Alemanha, exclusivamente destinada a motos. Afinal, o Brasil é o segundo maior mercado mundial do modelo.

Atualizações na BMW S 1000RR modelo 2024

As três versões têm como itens de série os novos sistemas de freios ABS Pro (Race ABS) com a novidade do controle de derrapagem, Slide Assist e Slide Control para deslizar na entrada da curva e na reaceleração até um ângulo pré-programado, com ajuda do controle de tração, mais a bateria de lítio e tomada USB.

A BMW S 1000RR traz ainda novos desenhos da rabeta e da carenagem lateral, escape Akrapovic em titânio com ponteira em fibra de carbono, roda traseira de fácil remoção, kit quadro M na suspensão traseira, mais três cavalos de potência no motor, bolha do para brisa maior, asas na carenagem para aumentar a pressão aerodinâmica, novo quadro, geometria das suspensões e corrente M Endurance.

Além das atualizações e novidades, as três versões da BMW S 1000RR contam com suspensões com ajustes na compressão, retorno e pré-carga, amortecedor de direção, assistente de partida em rampas, quick shift de duas direções, BMW Shiftcam, controle de tração dinâmico (DTC), iluminação em LED, imobilizador, sistema de conectividade, manetes ajustáveis, sete modos de pilotagem indicados no painel e regulagem no punho do semi-guidão.

As diferenças entre os pacotes de equipamentos

O pacote Premium tem além dos itens de série, controle de suspensão ativa (DDC), cruise control (piloto automático), manoplas aquecidas, kit de banco (piloto ou piloto e garupa) e modos de pilotagem Rain, Road, Dynamic e Race. O modo Pro acrescenta mais três configurações para as pistas em vários níveis, controle de freio motor e monitoramento da pressão dos pneus. A pintura é vermelha ou preta.

O pacote Premium M (Motorsport) tem banco M, rodas em alumínio forjadas, pinças de freios M e protetor de manete de freio como nas motos de competições. O pacote Premium M Carbon (topo de linha) tem rodas em fibra de carbono, capa do pinhão, capa de corrente e carenagens laterais em fibra de carbono. A pintura é no padrão M, branco tricolor com detalhes em azul e vermelho.

Números do motor da superesportiva

O propulsor com quatro cilindros em linha e 999cm³ acoplado a um câmbio de seis marchas da BMW S 1000RR entrega 210cv a 13.750rpm e torque de 11,5Kgfm a 11.000rpm. O peso já abastecido em ordem de marcha é de 210kg. A curiosidade é que com o aumento de três cavalos em relação à geração anterior, a relação peso/potência atingiu a marca de um para um. Ou seja, 1cv de potência para cada quilo de peso. Para as pistas tem ainda controle de largada, controle de velocidade no pit lane e quick shift ultrarrápido.

Painel com telas coloridas e todas as informações

O piloto tem à disposição quatro telas em TFT coloridas de 6,5 polegadas, com a novidade que a última selecionada fica na memória, mesmo depois da moto desligada e religada. O modo Pure Ride é o padrão, com destaque para o conta-giros em escala. Os modos de pilotagem e seus níveis podem ser consultados.

O modo Core Ride 1 mostra em destaque o conta-giros, o controle de tração, a desaceleração e até o ângulo de inclinação. A tela Core Ride 2 destaca o conta-giros tradicional e o cronômetro de voltas. O Core Ride 3 salienta o conta-giros em escala ,ângulo de inclinação e tempo de volta se estiver na pista.

Acelerando a nova BMW S 1000RR

Embora a BMW S 1000RR seja uma superesportiva puro sangue, a posição de pilotagem não é tão ortopédica e torturante. Até permite rodar em baixa velocidade, apesar do pouco ângulo de esterçamento do guidão, no trânsito, por exemplo, sem lembrar (muito) das vértebras.

Entretanto, é abrindo o gás que a BMW S 1000RR demonstra qual é a sua verdadeira praia. Tudo favorece a velocidade. A bolha do para-brisa mais alta em relação à geração anterior proporciona mais conforto aerodinâmico, protegendo da ventania. As asas da carenagem são cheias de pequenos detalhes e prometem até 17kg de pressão a 300km/h. Se você chegar lá é melhor acreditar.

De qualquer forma, o amortecedor de direção garante uma linha reta em velocidade. Os freios com duplo disco de 320mm de diâmetro e pinças de quatro pistões na dianteira e disco de 220mm na traseira, com ajuda da eletrônica, são capazes de brecar uma locomotiva.

O motor da BMW S 1000RR, depois dos oito mil rpm parece que liga o turbo compressor. Depois disso, é melhor se concentrar na pista (autódromo de Interlagos, onde foi a experimentação) e torcer para a eletrônica e as asas cumprirem sua função. Nas curvas o quadro que recebeu aberturas laterais para flexibilização estrutural e aumento da performance (nome pomposo para torção), porém, não demonstrou nenhuma torção (para pilotos normais), descrevendo a trajetória como um compasso.

As suspensões da BMW S 1000RR são curtinhas e feitas para piso lisinho, o que nem sempre é possível. Porém, muito precisas. Na dianteira, tubos invertidos com 45mm de diâmetro e 120mm de curso. Na traseira, sistema mono, com 117mm de curso.

Inscreva-se em nosso Canal no YouTube: The Riders e conheça histórias incríveis do mundo biker!

fonte:https://www.vrum.com.br/motos/bmw-s-1000rr-2024-superesportiva/

Notícias relacionadas

Porque é que os pilotos de alta competição colocam a perna de fora nas travagens ?

Marcelo Nunes

Benelli Tornado 402 R: Lançada na China mas com a Europa no horizonte

Marcelo Nunes

MotoGP 2024: Reflexões dos Pilotos após o GP do Qatar

Marcelo Nunes

Deixe um comentário