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Como é pilotar a exótica Suzuki GSX-S 1000 GT

Feita para viagens com bastante adrenalina, a sport-touring japonesa anda forte, é confortável e vale o investimento

Na segunda quinzena de junho informamos aqui que a Suzuki GSX-S 1000 GT chegaria às concessionárias da marca agora na reta final de julho. Pois a moto já aparece no site da Suzuki com o preço que revelamos lá atrás – R$ 92.600 – e agora chegou a hora de contar como é pilotar essa máquina.

Nossos leitores certamente se lembrar dessa moto impressionante. Autêntica sport-touring, ela mistura uma motorização forte, herdada de outro modelo Suzuki – a naked GSX-S 1000 -, com estrutura, recursos e características que a tornam muito adequada a viagens – afinal, essa é a proposta desse tipo de moto.

Isso sem contar o visual agressivo, futurista e distante do lugar-comum. Com exótico aspecto de robô de filme de ficção científica, a GSX-S 1.000 GT tem dois pequenos faróis separados por uma entrada de ar, duas linhas de LED logo acima na função de luzes de rodagem diurna, (DRLs), linhas retas e angulosas, “asinhas aerodinâmicas” nas carenagens laterais, piscas discretos e traseira sóbria e elegante.

O porte justifica o sobrenome “Grand Tourer”

A sigla GT vem de “Grand Tourer”, e a moto é grande mesmo: são 2,14 m de comprimento, 82,5 cm e largura máxima e 1,21 m de entre-eixos, com 14 cm de distância livre do solo e 81 cm de distância do banco ao solo. Com tanque para 19 litros, pesa 226 quilos em ordem de marcha.

Para mover tudo isso com eficiência, temos um motor de quatro cilindros em linha refrigerado a água, com 999 cm³, 16 válvulas e comando duplo no cabeçote. São 152 cv de potência máxima a 11.000 rpm e 10,8 kgf.m de torque a 9.250 rpm.

A transmissão tem seis marchas com secundária por corrente, embreagem assistida e deslizante e quickshifter bidirecional. A eletrônica a bordo, aliás, não inclui dezenas de ajustes, mas tem mais que o necessário para garantir segurança e desempenho.

Estão a bordo acelerador eletrônico, controle de tração com cinco ajustes, assistente de aceleração em baixas rotações, três modos de pilotagem, controle automático de velocidade (cruise control) e, claro, ABS atuante em curvas.

As outras especificações o caro leitor pode conferir na ficha técnica, lá no fim desta matéria. Agora, então, vamos ao que interessa: ação!

Como é pilotar a Suzuki GSX-S 1000 GT

Pilotei a moto durante o Festival Interlagos – Motos durante três divertidíssimas voltas no circuito do famoso autódromo. A Suzuki GSX-S 1000 GT já impressionou quando sentei no banco: grande e comprida, me lembrou imediatamente a GSX-1300R Hayabusa.

Da mesma forma que a “Haya”, a GT não é nem leve nem especialmente ágil. A distância entre-eixos nessas motos, relativamente comprida em relação ao comprimento total, faz toda diferença. Mas isso não limita muito a brincadeira.

Na primeira volta, andei com parcimônia para me ambientar com a moto. Curvas abertas, velocidades baixas, zigue-zagues para entender a dinâmica desta GT. Já na segunda volta caprichei mais nas curvas, e na terceira fui um pouco mais forte, mas ainda assim dentro dos limites do bom senso de quem está com uma moto cara que não lhe pertence.

Nesse período, vi que a GT permite inclinações fortes desde que você dê motor para fazer o contra-peso. A impressão é que você pode deitar até raspar os baús laterais – que são de série e levam 36 litros ou 5 quilos de bagagens cada um. Claro, nem tanto, mas pode deitar o cabelo.

A moto ataca as curvas com precisão e eficiência e transmite muita sensação de segurança desde que você mantenha esse equilíbrio de forças físicas. Mas não espere maneabilidade extrema para serrinhas com curvas fechadas ou estradas extremamente sinuosas, por exemplo: aqui é preciso abrir bem antes da curva para cumprir a melhor trajetória sem sair pela tangente.

Nas retas, adrenalina e controle

Já nas retas a GT é um torpedo. Mas, plenamente dominável: você pode torcer o acelerador repentinamente que ela responde instantaneamente, porém sem dar sustos: o motor despeja potência e torque com elogiável linearidade e progressão. E você passa facilmente dos 150 km/h sem nem perceber. Cuidado com os radares.

E a próxima curva chega num átimo,e é preciso frear. Pois a GT também é eficiente nisso, e fiz frenagens tranquilas e muito severas com facilidade, sem trepidações ou insegurança.

Tudo isso com um barato a mais: o quickshifter bidirecional do câmbio, que permite trocas de marchas sem uso de embreagem – que se não é extremamente leve, também não exige muita força em seu acionamento. As trocas de marchas, lá no pé, são macias, muito rápidas e precisas.

Assim como qualquer sport-touring do mundo, essa Suzuki não enfrenta bem estradas ruins. As suspensões são ajustáveis e até têm cursos razoáveis, mas , as calibragens naturalmente são rígidas. O banco é confortável e anatômico, mas buracos serão sentidos nos quadris e na coluna.

E olha que a posição de pilotagem é bem cômoda: o condutor não fica retinho como em uma big trail, mas também não deita sobre o banco nem dobras pernas lá para trás como e um uma superbilke. Além disso, tem a proteção do conjunto carenagem/para-brisa frontal – que, inclusive, deixa passar algum vento.

Painel lindo de se ver

Para compensar, quando o piloto olha à frente vê um lindíssimo painel com tela TFT de 6,5 polegadas, que tem quatro modos de exibição, é riquíssimo em informações, fácil de consultar e tem conexão via Bluetooth. Pena que os espelhos não acompanham essa eficiência e proporcionam retrovisão apenas razoável.

Voltei para os boxes Correta nas curvas, furiosa nas retas, eficiente nas frenagens e razoavelmente confortável, a Suzuki GSX-S 1000 GT é uma excelente opção de sport-touring no mercado brasileiro. Inclusive devido ao preço de R$ 92.600.

Parece caro? É, mesmo. Mas aí lembramos que a única concorrente direta é a Kawasaki Versys 1.000 Grand Tourer, que custa um pouco mais, R$ 96.740, e é menos potente – tem 120 cv a 9.000 rpm e 10,4 kgf.m a 7.500 rpm.

Além das duas, só a BMW R 1250 RT se encaixa na categoria. Mas custa muito mais – muito, mesmo: a alemã começa em R$ 204.500. Logo, a Suzuki GSX-S 1000 GT é a sport-touring mais acessível de sua categoria.

Ficha técnica – Suzuki GSX-S 1000 GT

Preço: R$ 92.600

Cores disponíveis: Metallic Triton Blue (azul tradicional), Metallic Reflective Blue (azul escuro) e Glass Sparkle Black (preta)

Motor: quatro cilindros em linha, 999 cm³, injeção eletrônica, refrigeração a água, 16 válvulas, comando duplo no cabeçote 152 cv de potência máxima e 10,8 kgf.m de torque

Transmissão: câmbio de seis marchas com secundária por corrente e quickshifter bidirecional

Suspensões: dianteira Kayaba totalmente ajustável tem garfos invertidos e 12 cm de curso e traseira monochoque com ajuste na pré-carga da mola, com balança de alumínio e 13 cm de curso.

Freios: disco duplo na frente com pinça radial Brembo de quatro pistões, e disco simples traseiro com pistão único

Pneus: Dunlop Sportmax Roadsport 2 nas medidas 120/70 R17 na frente e 190/50 R17 atrás

Tanque: 19 litros

Dimensões e peso: 2,14 m de comprimento, 82,5 cm e largura máxima e 1,21 m de entre-eixos, 14 cm de distância livre do solo, 81 cm de distância do banco ao solo e 226 quilos em ordem de marcha.

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FONTE:https://www.webmotors.com.br/wm1/motos/como-e-pilotar-a-exotica-suzuki-gsx-s-1000-gt#videos-https://www.youtube.com/watch?v=uJzN9uGHneU

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