Apresentada como um projeto inovador , a nova Ducati Supersport S mantém as características principais da marca italiana: força, design e esportividade. Os engenheiros procuraram dar a essa nova moto algumas características de versatilidade que as superesportivas da marca – Panigale – não tem, como uma posição mais ergonômica e relaxada para piloto e um eventual garupa, com visual leve e compacto que transmite uma ideia de dinamismo.
O objetivo da Ducati ao dar à Supersport S esse caráter de versatilidade é atrair uma gama maior de potenciais clientes para a marca, que hoje olham para a Ducati e não encontram uma moto realmente versátil, que permita o uso diário na cidade, que possa também ir tranquilo para a estrada, seja para viagens longas ou passeios curtos com os amigos, ou mesmo levar a moto para uma pista em um “track-day”. “A Supersport S é a moto para todos os momentos”, disse Diego Borghi, principal executivo da Ducati no Brasil.
Para provar isso, a Ducati proporcionou um test-ride que saiu da zona Sul de São Paulo e foi até Mairiporã, cidade próxima da capital paulista, num trajeto de 70 km aproximadamente, passando por tráfego pesado das grandes avenidas, engarrafamento, rodovia e estrada de pista única. Esse trajeto comprovou que a moto realmente oferece uma posição de pilotagem mais confortável do que uma superesportiva e que a Supersport S não impõe dificuldades para passar fácil nos apertados corredores entre os carros.
No entanto, como o próprio nome sugere, ela é uma superesportiva – alguns defendem que ela é uma sport-touring – e nesse estilo não é uma moto para uso urbano diário. A tentativa dos engenheiros e do marketing da empresa de vender toda essa versatilidade deve ser vista com cautela pelos consumidores. E as razões para isso são bem simples e práticas para quem usa moto diariamente: o forte calor que emana do motor para as pernas do piloto, resultado do rodar em baixa velocidade em boa parte dos trechos urbanos, o que coloca a ventoinha do sistema de arrefecimento do motor em funcionamento quase permanente, e o pequeno ângulo de esterçamento do guidão, aliás, característica das esportivas, que dificulta muito manobras no meio dos carros parados.
Essas duas características da Supersport S não tiram totalmente da moto esse caráter de versatilidade, mas é bom que o potencial comprador saiba que em cidades congestionadas a Supersport S vai sofrer junto com o piloto. Mas a história é outra quando se fala de estrada, seja ela pista simples, sinuosa ou mesmo grandes rodovias. Aí a Ducati Supersport S mostra suas garras e justifica os R$63.900 pagos por ela (preço público sugerido), tanto pelo desempenho oferecido, quanto pela tecnologia que a moto incorpora e mostra sua utilidade prática para que o motociclista possa pilotar com total segurança. Na realidade ela traz tudo o que está disponível nas mais modernas superesportivas do mercado mundial.
Ducati Supersport S: design limpo
Antes de falar do design da nova Ducati Supersport S, é importante pontuar aquilo que é simples, mas que faz muita diferença na hora de usar a moto. Além da posição mais ereta, o tanque de combustível com capacidade para 16 litros de combustível e a proteção contra o fluxo de vento proporcionada pelo pequeno para-brisa ajustável (duas posições) são características positivas e muito importantes para quem viaja, pois proporcionam pilotar por períodos maiores sem paradas para descanso ou abastecimento. Ponto para a Ducati Supersport S, que realmente cativa o piloto a acelerar por mais tempo e cobrir maiores distâncias.
Baseada no design da Ducati Panigale, a Supersport mantém a característica comum às motos da marca e do design italiano, com belas e agressivas linhas. Na frente está um poderoso conjunto óptico com luz diurna em LED (DRL – Daytime Running Light) e as parábolas do farol (alto e baixo). Os piscas direcionais estão posicionados nos dois retrovisores e a carenagem está livre de grafismos e traz um discretíssimo “Supersport S” na lateral da moto posicionado na mesma linha do bloco óptico. O paralama faz conjunto com a carenagem e também traz apenas um aplique “Ducati Safety Pack”. Disponível apenas na cor vermelha, a Ducati promete para 2019 a Supersport S também na cor branca.
Com a frente baixa e bem aerodinâmica, a carenagem deixa aparecer um pedaço do chassi tubular em treliça sob o tanque de combustível e tem ainda dois recortes para o fluxo de ar do motor. Dois detalhes destacam o design da moto: na frente os tubos do garfo da suspensão invertida Öhlins na cor dourada, e na lateral a carenagem tem um recorte assimétrico para deixar à mostra os dois tubos do escapamento que passam por baixo da moto e terminam na ponteira dupla em aço escovado. Se há algo a ser melhorado no design da Supersport S é essa ponteira dupla que destoa do conjunto.
Na parte traseira da moto chamam a atenção o monobraço da suspensão e a rabeta curta com a cobertura do banco do garupa na mesma cor da moto, harmonizando o conjunto. O assento do piloto tem costura contrastante (vermelha) e mais uma discreto adesivo “Ducati” com as cores da bandeira italiana está aplicado nas laterias sob o banco do garupa. Para complementar e ornar o design italiano, os piscas direcionais tanto na traseira quanto na dianteira e também a lanterna traseira são em LED.