Montadora japonesa contratou o ex-chefe de motores da Ferrari na F1, Luca Marmorini, visando uma melhora para 2024
Na segunda-feira, a MotoGP realizou o teste de Misano, um ponto importante na preparação da temporada seguinte, quando as montadoras levam à pista os protótipos das motos do próximo ano. E com o foco desta segunda nas montadoras japonesas, Fabio Quartararo admitiu que “esperava muito mais” do motor da moto de 2024 da Yamaha.
A montadora japonesa vem sofrendo com falta de potência em relação aos rivais nos últimos anos, contribuindo para sua queda na ordem de forças da MotoGP. Para 2023, a Yamaha começou a trabalhar com o ex-chefe de motores da Ferrari na F1 Luca Marmorini para melhorar nesta área, com a expectativa de melhoras para 2024.
Andando com o novo motor na segunda-feira em Misano, o campeão de 2021 foi o sexto na classificação geral, mas ficando 5km/h abaixo da Ducati mais rápida do dia. Questionado pelo Motorsport.com sobre suas impressões do motor, Quartararo disse:
“Testei e a impressão foi de que… eu esperava muito mais deste teste, mas temos que ficar positivos, tentando analisar o que aconteceu para o teste de Valência”.
Após mais perguntas sobre as características do motor, completou: “Não posso dizer agora. Preciso testar mais, mas, como disse, eu esperava muito mais. A sensação é diferente, mas acho que eu esperava mais potência, e foi um difícil dizer algo positivo sobre esse motor”.
No mesmo teste, em 2022, Quartararo estava mais animado sobre o motor de 2023 que usou à época, admitindo que não sentiu o mesmo hoje: “Na verdade não. Em 2022, quando eu testei a moto de 2023, foi a primeira vez que eu senti que o motor estava um pouco melhor. Hoje não senti isso”.
Quartararo disse que o motor da Yamaha precisa de potência em toda a faixa de rotação, mas reforçou que o que foi visto no teste não é tão simples de ser analisado, devido à aderência da pista e como isso impacta a performance da M1.
“Acho que, para ser honesto, precisamos de potência em tudo. Mas o principal para nós é que, quando a pista tem uma aderência grande, nossa moto muda por completo. Eu fiz 01min31s4 por quase 20 voltas com esse pneu, e essa foi minha volta de classificação no fim de semana”.
“Claro, os outros foram bem mais rápidos que nós. Mas a diferença [de tempo] que eles têm com aderência baixa e alta é muito menor. Para nós, nosso ritmo melhora quase um segundo [quando há aderência] – sete, oito décimos. Com eles, não é tanto assim”.
“Acho que, no ano passado, erramos nessa área. A cada vez que você vai pra pista, a moto está fazendo voltas, há muita borracha. E essa é uma pista que você tem muito giro. Então muito do pneu fica na pista. Se você olhar a curva 3 agora, ela está preta. Então você começa a acelerar e, no fim de semana, precisa controlar porque está escorregando. No teste você pode seguir outra trajetória e, com isso, temos uma performance falsa”.
fonte:https://motorsport.uol.com.br/motogp/news/motogp-apos-teste-de-misano-quartararo-diz-que-esperava-muito-mais-do-motor-de-2024-da-yamaha/10519369/