Jorge Martin, arriscou-se sob os holofotes de Doha, mas acabou recompensado com outra vitória no sprint.
MOTOGP, JORGE MARTIN: “ACHO QUE NÃO FOI UMA MANOBRA LOUCA”
Diz sentir-se em boa posição na luta pelo título de MotoGP, adiando para já a decisão do título para Valência.
No entanto, nem tudo foram rosas para o madrileno de 25 anos. Martin esteve claramente em dificuldades no Qatar na sexta-feira, mas na qualificação de sábado melhorou para quinto, atrás do seu rival Pecco Bagnaia. Como veio então a reviravolta?
“Bem, talvez a experiência que me tenha ajudado um pouco hoje. Senti-me super forte na primeira sessão com o pneu traseiro duro, e por isso estava bastante confiante de que poderia vencer no sprint”, explicou já noite profunda o “Martinator”.
Houve um primeiro momento complicado na curva inicial, quando Martin e Bagnaia se tocaram. O segundo contato ocorreu na segunda volta. “A partida é sempre um grande risco”, admitiu o espanhol. “Mas vi que chegaria à primeira curva antes do Pecco, foi como a última curva da penúltima volta na Tailândia: eu estava por dentro, então ele não pôde fazer nada. Quanto à outra manobra, é um local difícil de ultrapassar, mas vi que tinha mais velocidade. Então tive que tentar, não acho que tenha sido arriscado. Ok, talvez na situação em que ele fecha a linha, mas não acho que tenha sido uma manobra louca”.
“O risco foi maior no final quando o Diggia me atacou super forte, obrigando-me a dar tudo na última volta. Mas tive que fazer isso porque cada ponto conta. Acho que foi uma boa decisão pressionar hoje – e vencer.” Conclui Martin que amanhã volta a largar do quinto lugar na grelha ao lado de Bagnaia.
A corrida de Grande Prémio (22 voltas) está agendada para as 17h00 de domingo no Circuito Internacional de Losail.
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MOTOGP, BAGNAIA SOBRE AS MANOBRAS DE MARTIN: “GOSTO ASSIM, SIGNIFICA QUE ESTÁ NERVOSO”
Em Doha, no sábado, o número ‘1’ Francesco Bagnaia teve que se limitar a assistir aos seus colegas de marca a lutar pelos lugares de pódio à sua frente. Nas voltas iniciais do sprint, existiram dois contactos com o seu rival no campeonato Jorge Martin – inconstante e nervoso a início – que provavelmente atrasaram Pecco.
Largando da 2ª linha da grelha depois de estabelecer o quarto lugar na qualificação, Bagnaia viu-se encurralado quando os pilotos entraram na curva 1, perdendo para Jorge Martin (Pramac Racing), que se qualificou ao seu lado. Pecco conseguiu colocar a sua Desmosedici à frente do seu rival pelo título na primeira volta, antes de Martin passar com uma cotovelada e forçá-lo ligeiramente para fora, o que significou que também foi ultrapassado para o quarto lugar por Fabio Di Giannantonio (Gresini Racing).
“Acho bom ele (Martin) ter feito isso.” Desabafou Pecco já box. “Gosto assim, significa que ele está nervoso e abre a situação que eu realmente gosto. Para ser sincero, esperava poder lutar pela vitória, mas hoje só tive problemas e a sensação com a moto também não foi das melhores.”
“Estava longe de ter bom ritmo e consistência, como já tinha demonstrado pela manhã. A minha sensação com a aderência na traseira foi o problema. Tive problemas para sair e entrar nas curvas. Assim que acelerava, derrapei bastante e os pneus patinaram. Isso foi diferente do início do fim de semana. Perder sete pontos assim é chato, mas acho que em condições normais certamente podemos ser mais rápidos amanhã... Vamos tentar fazer melhor, também porque o meu ritmo é bom o suficiente para pensar na vitória. Foi bom hoje, então será bom amanhã também.”
A corrida de Grande Prémio (22 voltas) está agendada para as 17h00 de domingo no Circuito Internacional de Losail.
MOTOGP, MIGUEL OLIVEIRA FRATURA OMOPLATA E PODE TER TERMINADO A ÉPOCA
Miguel Oliveira fraturou hoje a omoplata direita na sequência da queda na primeira volta da corrida sprint do Grande Prémio do Qatar.
O português, que se tinha qualificado em 17.º, mas tinha arrancado bastante bem, até que pareceu ter travado demasiado tarde na curva 6, batendo em Aleix Espargaró, levando também o espanhol da Aprilia ao chão, num incidente que também apanhou Enea Bastianini.
Trata-se da terceira vez que o português se lesiona este ano após quedas que envolvem outros pilotos, lembrando o incidente com Marc Márquez em Portimão e a queda em Jerez após um toque com Fabio Quartararo. Oliveira foi declarado inapto pela equipa médica do MotoGP, e, numa altura em que falta apenas a corrida de amanhã no Qatar e o Grande Prémio da próxima semana em Valência (mais os testes da terça-feira depois do Grande Prémio) para terminar a temporada, é provável que a época do luso possa ter chegado ao fim.
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De referir que Aleix Espargaró, na sequência do mesmo acidente, foi diagnosticado com uma pequena fratura na cabeça do seu perónio, embora não tenha sido declarado inapto. O espanhol vai ser reexaminado amanhã para ver se pode participar no warm up e na corrida.
MOTOGP, FRANCESCO BAGNAIA (5.º): “MARTÍN ABRE UMA SITUAÇÃO QUE PODE SER INTERESSANTE AMANHÔ
Francesco Bagnaia terminou a corrida sprint na quinta posição apenas, perdendo pontos para o vencedor Jorge Martín. O italiano ficou sem perceber o que aconteceu ao seu ritmo e comentou ainda a forma agressiva como o espanhol o ultrapassou, com dois toques.
“Trabalhei de uma forma todo o fim de semana, com a mesma sensação, e, quando era preciso ter um bom resultado, a sensação mudou. A única coisa que mudou foi o pneu e foi estranho ter esta sensação. Mas é algo que pode acontecer e tivemos um pouco de azar por ter esta situação na corrida. Perder sete pontos por esta razão é uma pena, mas é algo que não podemos gerir. Temos de olhar para amanhã, ser positivos e ter uma situação melhor amanhã”, disse.
“Foi bom ter sido ele a fazê-lo, abre uma situação que pode ser interessante para amanhã. O ritmo era bom para pensar numa vitória hoje, para amanhã espero que esteja tudo bem para lutar pela vitória, temos velocidade para tentar”, referiu.
MOTOGP, FABIO DI GIANNANTONIO (2.º): “VOU TENTAR ALGO MELHOR AMANHÔ
Fabio Di Giannantonio não ficou longe da sua primeira vitória no MotoGP, mas não conseguiu ultrapassar Jorge Martín. O italiano lamenta o seu mau arranque, mas ficou satisfeito no geral com a sua corrida.
“Estava a tentar, o meu arranque foi mau, cometi um erro e depois tive um problema com o dispositivo da frente, que não desapareceu durante meia volta. A temperatura da frente estava a subir e era difícil puxar e tentar poupar o pneu. Mas estava a lutar e a divertir-me, tentei apanhar o Jorge, mas ele fez um bom trabalho nos setores 2 e 3, eu estava em dificuldades com a frente. Tentei, mas é o que é e estou feliz”, disse.
“Do meu lado, era a sensação na frente que não era ótima, mas, com esta regra das pressões dos pneus, é difícil seguir e tentar ultrapassar se não o fizeres em três curvas. Consegui apanhar o Jorge, mas não pude tentar uma ultrapassagem e é pior quando estás atrás. Tentei, mas estava no limite, terminei no pódio e vou tentar algo melhor amanhã. Temos bom ritmo e trabalhámos bem durante o fim de semana, amanhã temos oportunidade de voltar a fazer um bom trabalho, mas temos de trabalhar nos arranques, é o principal problema agora”, referiu.
MOTOGP, LUCA MARINI (3.º): “AMANHÃ, COM MAIS VOLTAS, ESTOU PREOCUPADO”
Luca Marini concluiu o sábado no Qatar com uma pole position e um pódio na corrida sprint, mas não deixou de lamentar dificuldades com os pneus. O italiano quer ver aquilo que pode melhorar para o dia de amanhã.
“Foi um bom sábado, mas o fim de semana não terminou, temos de encontrar algo para amanhã porque hoje a corrida foi muito difícil para mim. Depois de quatro voltas, acabei com o pneu traseiro e foi difícil chegar ao fim. Amanhã, com mais voltas, estou preocupado. Temos de ver o que aconteceu hoje e encontrar uma solução para amanhã, isto não tinha acontecido nos treinos. O duro na traseira melhorava volta após volta e hoje foi o contrário. Há um ponto de interrogação com o pneu da frente também, a minha sensação com o macio é boa, mas estão todos a usar duro, talvez tenha de mudar”, disse.
“Estava forte no início da corrida, mas, assim que comecei a ter dificuldades com o pneu traseiro, o meu ritmo acabou. A gestão de pneus vai ser a chave da corrida de amanhã. Acho que eles têm mais aderência na traseira, vamos ver os dados e talvez testar algo no warm up para ver que direção temos de seguir”, referiu.
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