The Riders Histories
Mundo SpeedRiders-Speed

MOTOGP, MIGUEL OLIVEIRA (18.º): “SAIO DO JAPÃO UM POUCO VAZIO EMOCIONALMENTE”

Miguel Oliveira confirmou que a sua entrada nas boxes no Grande Prémio do Japão se deveu ao excesso de água que tinha no capacete, que levou a que a sua visibilidade baixasse consideravelmente. O luso não esconde a frustração, perante uma corrida à chuva em que chegou a ter sérias possibilidades de pódio.

“Não conseguia ver absolutamente nada à minha frente, as condições estavam muito complicadas. Já três voltas antes de me retirar, tive alguns sustos, sem saber onde pôr as rodas, a começar a virar muito cedo para as curvas porque não via, sem perceber onde é que podia travar e acelerar, estava a andar completamente cego. Agora é fácil dizer que me retirei meia-volta mais cedo, mas as condições estavam impraticáveis. Foi muito frustrante. Eu entrei, sabemos que 99% das vezes que entramos na box a meio da corrida é para retirar, mas a direção de corrida percebeu, depois da minha retirada, que as condições estavam demasiado perigosas para correr. A equipa rapidamente colocou a mota dentro da box e sabemos que, se quisermos retomar a corrida, a equipa não pode pôr a mota na box. Nessa parte, é algo que a equipa aprendeu, já sabia de antemão pelo regulamento, mas aprendeu nesse sentido. A retomar a corrida, tinha de retomar em último e depois sair do pitlane, que não chegou a acontecer, porque, na volta de alinhamento, as condições estavam muito semelhantes a antes da corrida ser dada como terminada”, disse, em declarações à Sport TV.

“A mota estava a corresponder bem, as condições estavam muito traiçoeiras, sobretudo no início, onde não havia muita chuva, era muito difícil colocar os pneus a trabalhar e a apanhar grip. A primeira chuva é sempre a mais escorregadia, travar para a curva 3 era o mais complicado, mas, quando começou a chover mais, senti-me bem, estava ali atrás do Bezzecchi e percebi onde é que podia apertar mais para poder ultrapassá-lo, mas não chegou a acontecer. Quando comecei a ter problemas de visibilidade, ainda disse para mim mesmo, ‘Miguel, não desistas, continua’, mas tornou-se impraticável para mim, não via absolutamente nada e é triste, foi algo que nunca me aconteceu. Saio do Japão um pouco vazio emocionalmente, mas é o que é. Para já, nem estou a pensar na próxima corrida, só quero voltar para casa, para a família, restabelecer e depois pensar”, referiu.

Notícias relacionadas

MOTOGP, FRANCESCO BAGNAIA (2.º): “ERA O MÁXIMO QUE PODÍAMOS FAZER HOJE”

Marcelo Nunes

Valentino Rossi vive um momento de definição sobre os rumos de sua carreira na MotoGP.

Marcelo Nunes

KTM REVELA CORES DAS MOTOS PARA 2021

Marcelo Nunes

Deixe um comentário