Pol Espargaró negou preocupação em perder a vaga na GasGas Tech3 por conta do salto de Pedro Acosta para a MotoGP. Catalão disse que tem a equipe e a KTM como uma família e quer voltar à ativa para provar que ainda pode ser rápido
Pol Espargaró negou que se sinta pressionado pela iminente chegada de Pedro Acosta à MotoGP. O catalão lembrou que dois anos de contrato e sequer pensou que a posição na GasGas Tech3 está ameaçada.
Pol perdeu toda a primeira parte da temporada 2023 da MotoGP, já que se machucou em um forte acidente no primeiro dia de atividades, no segundo treino livre para o GP de Portugal. Na queda, o caçula dos Espargaró, que chegou a colidir contra o muro, sofreu fraturas de vértebra e também na mandíbula.
De volta ao paddock em Assen, apenas para uma visita à equipe, Pol contou que sofreu vendo as corridas pela TV em um momento em que a RC16 se mostrava competitiva.
“A moto mudou muito”, disse Pol. “Tenho que admitir que, no início do ano, em Austin ou na Argentina, não me preocupava perder corridas, porque não estavam indo muito bem. Eu dizia a mim mesmo: ‘Não estou tão mal em casa’. Mas aí chegou Jerez e… Foi doloroso! Era difícil ver as corridas pela TV. Jack começou a ser rápido, e eu estava no nível dele na pré-temporada. Comecei a ver o que eles faziam e foi duro”, contou.
Nos bastidores, a KTM também se vê à beira de uma mudança. Assim como Jack Miller e Brad Binder, Pol tem contrato com a casa de Mattighofen para 2024, com Augusto Fernández sendo o único sem vínculo para o próximo ano. Novato na MotoGP, o espanhol não vem fazendo feio, mas corre o risco de perder a vaga, já que Acosta deve ser promovido da Moto2.
Pedro tinha uma cláusula contratual que o permitia deixar a KTM, mas optou por seguir vinculado aos austríacos, sempre deixando claro que ficar na Moto2 não era uma opção. Francesco Guidotti, chefe da equipe, já assumiu que Acosta será promovido, mas deixou a equipe como “surpresa”.
Questionado sobre a situação de Pedro, Pol respondeu: “Isso é problema dele, não meu. Tenho dois anos de contrato. Me machuquei e não pensei nisso. KTM e GasGas não são uma equipe para mim no momento, mas uma família. Falei com Pit Beirer [diretor da KTM Motorsports] e Hubert Trunkenpolz [membro do conselho executivo da KTM], e eles são realmente meus amigos. Falamos muito abertamente, do que os pilotos fazem e do que eles pensam sobre os recém-chegados”.
“No momento, estou concentrado na minha recuperação e em voltar à pista. Ainda me falta um ano e meio de contrato e quero apenas voltar, conseguir resultados e demonstrar a eles que tenho de ficar. Se não conseguir resultados o suficiente para merecer ficar, vou ficar encantado em abrir caminho para os jovens. Mas tenho a intenção de demonstrar que ainda tenho muita velocidade”, encerrou.
A MotoGP está de férias e volta à ativa apenas entre os dias 4 e 6 de agosto para o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.
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FONTE: https://www.grandepremio.com.br/motogp/noticias/pol-espargaro-afasta-pressao-salto-pedro-acosta-tenho-dois-anos-contrato/
