A resposta está na demanda. Nem parece, mas o segmento responde por menos de 1% das vendas totais de motos no Brasil
Quem frequenta encontros de motociclistas costuma ver um números sempre chamativo de motos custom. E naturalmente se pergunta porque não há mais tantas opções de modelos zero-quilômetro nesse segmento.
A resposta é simples: as vendas desse tipo de moto no mercado brasileiro não chegam a responder por 1% do total. De janeiro a maio deste ano, por exemplo, não chegaram a 5 mil unidades, dentro de um total de 640 mil vendidas no período.
Então, é natural que as marcas não invistam muito no segmento, já que o retorno é muito pequeno. Mas existem exceções “calculadas”. Por exemplo, a Royal Enfield com a Meteor 350. Ali, a marca indiana de origem inglesa identificou um nicho onde não havia absolutamente nenhum modelo.
Havia uma lacuna grande entre as pequenas Haojue Chopper 150 e Dafra Horizon 150 (que depois saiu de linha), com preços em torno de R$ 13 mil na época, e a Kawasaki Vulcan 650 S, que batia nos R$ 40 mil.
Resultado: a Royal Enfield investiu, lançou a pequena custom de 350 cm³ e vende tudo o que produz, com fila na porta. O sucesso foi tão grande que depois veio a irmã gêmea Classic 350.
Aí a operação se torna rentável e viável. Nessa conta também entra o fato de serem motos com baixo custo de produção. Então a marca tenta ganhar no volume, com as vendas destes modelos somadas às de outros da marca.
Não era o que acontecia, por exemplo, com a Kawasaki Vulcan 900. O modelo foi vendido no país entre 2010 e 2015 e, embora fosse uma excelente moto, nunca engrenou – e acabou saindo de linha por vender pouco.
O mesmo não pode ser dito da irmã menor Vulcan 650 S, que surgiu em 2018 e continua em linha até hoje. E todo mês a moto anota números de venda regulares, embora não muito volumosos.
Nos próximo meses, porém, isso vai mudar um pouco: pelo menos dois modelos poderão dar uma reforçada no segmento de motos custom do mercado brasileiro.
A Royal Enfield Super Meteor 650 está confirmadíssima e deve chegar até o final do ano. E a Kawasaki Eliminator 400 é um rumor cada vez mais forte – quem sabe até não apareça no Festival Interlagos, em São Paulo, na semana que vem?
Nós, que curtimos uma moto custom, aguardamos ansiosamente!
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fonte:https://www.webmotors.com.br/wm1/motos/por-que-nao-temos-muitas-motos-custom-zero-km