fbpx
The Riders Histories
Notícias

10 motos que fariam bonito no Brasil, OBS: Algumas já estão aqui!

O brasileiro ama motocicletas, o mercado nacional é vasto e promissor, mas ainda assim faltam muitas opções em comparação com os principais países, não é mesmo? Aqui listamos dez modelos que – em teoria – fariam bonito no Brasil.

Antes de mais nada, a matéria não é necessariamente uma crítica às fabricantes. Dificuldades logísticas, maquinários específicos, momento geopolítico e desvalorização cambial são apenas alguns dos motivos que explicam a ausência do produto dos sonhos em nosso país.

Mas também há um pequeno grupo (não necessariamente nessa lista) de motocicletas que aqui não estão por decisões ruins, voto vencido ou simplesmente porque ninguém pensou nelas como um filão a ser explorado em terras tupiniquins.

Isso é tão verdadeiro que algumas das sugestões sequer são de alta cilindrada (embora seja onde estejam as maiores lacunas em relação aos países mais desenvolvidos). Sem mais delongas, vamos às 10 principais motocicletas que valeriam a experiência de tentar o Brasil.

10 – Yamaha MT-10

Yamaha MT-10. Arnold Schwarzenegger, é você?

Pouco lembrada até mesmo no exterior, a Yamaha MT-10 é a versão naked da Yamaha YZF-R1. Há muito tempo, em uma galáxia distante, a marca dos diapasões oferecia em suas concessionárias a rainha das superbikes. E elas continuam aí, sendo vendidas no mercado de usadas como um Santo Graal.

É, o brasileiro gostava da R1. Mas também adora nakeds de média cilindrada e ainda mais de hypernakeds, aquelas de 1 litro, grandes, fortes, musculosas, ideais para fazer barulho no quarteirão de casa e deixar todo mundo babando estacionada.

Lançada em 2015, a MT-10 tem tudo isso. Chassi e motor são os mesmos da R1, ou seja, motor de quatro cilindros “crossplane” e 166 cv para derreter qualquer pneu. O design, no entanto, é ainda mais intimidador, com cara de Exterminador do Futuro.

No exterior, há a versão standard, já recheada de tecnologia, e a versão SP, ainda mais completa. Obviamente seria caríssima aqui, mas seu público não se importa tanto com isso. Em nossa humilde opinião, a MT-10 poderia vender mais que a discreta – e igualmente cara MT-09.

9 – BMW R18

BMW R18 Bobber. Há ainda outros dois modelos.

Brasileiro também gosta de custom. Desde a entrada das primeiras unidades importadas após a reabertura do mercado em 1991, nossas ruas foram inundadas por inúmeras delas, desde Kawasaki Vulcan, Suzuki Marauder, Yamaha Drag Star e Honda Shadow.

Com o estabelecimento da Harley-Davidson no país no início de 2010, hordas de harleyros podem ser vistas nas estradas, quase sempre em modelos de grande deslocamento, coletes de couro vintage e muito cromo. Quem nunca sentiu o chão tremer quando uma delas é ligada no encontro?

Foi pensando neles que a BMW apresentou a R18, a sua primeira motocicleta custom desde 2004. Embora não sejam um V-Twin, o seu motor de dois cilindros contrapostos é enorme: 1.802 cm³, 92 cv 4.750 rpm e 16 “quilos” de torque a, pasmem, 2.000 rpm.

No exterior há três versões: Classic, Bobber, sem o assento traseiro, e Transcontinental, um colosso sobre rodas com painel frontal estilo “asa de morcego”, trono para o garupa e sistema de infotainment. Algo me diz que essa não vai demorar a aparecer. Just sayin’.

8 – Honda CB1100EX

Ao contrário da Europa, motos de estilo totalmente retrô nunca emplacaram completamente no Brasil, a menos que você seja um fã da Triumph. Mas você gosta da Honda CB750F, não é? A CB1100EX é praticamente uma releitura moderna da Sete Galo.

Disponível por muitos anos no Japão e mais recentemente na Europa, a CB1100EX tem um motor de quatro cilindros DOHC de 1.140 cm³ refrigerado a ar que desenvolve 89 cv a 7.500 rpm e 9,4 kgf.m de torque a apenas 5.000 giros. Impossível ficar mais delicioso.

Apenas olhe para a moto. Rodas raiadas, escapamento 4×1 cromado, assento Café Racer, farol redondo, painel analógico em copinhos. O sonho materializado de todo “galeiro” que sempre quis ter a sua e nunca pôde ter… novinha e com garantia de fábrica!

Infelizmente a Honda do Brasil nunca sequer cogitou a hipótese de fabricá-la aqui e agora é tarde: o modelo foi descontinuado em 2021 por não atender aos limites de emissões. Mas com pequenos ajustes (e uns cavalinhos a menos) ela poderia continuar alegremente por aqui, não?

7 – Suzuki GSX-R 250

Depois das scooters e motos de utilização no trabalho, o segmento de média cilindrada, entre 250cc e 300cc está bem aquecido no Brasil e no exterior. Acredite se quiser, mesmo lá fora a grana anda curta para esbanjar com uma 600cc zero quilômetro.

Para quem gosta de esportividade, modelos como Yamaha R3 e Kawasaki Ninja 300/400 são sonhos de consumo razoavelmente acessíveis. Elas naturalmente são inspiradas em suas irmãs famosas, YZF-R1 e Ninja ZX-10R onde herdam todo o design e o DNA.

No mercado asiático, a Suzuki tem um modelinho pronto, a GSX-R250. Desnecessário dizer que a moto é totalmente inspirada nas icônicas GSX-R600, GSX-R750 e GSX-R1000. O motor é o mesmo da Gixxer 250, um bicilíndrico em linha que desenvolve 25 cv e 2,3 kgf.m de torque.

O bom da GSX-R250 é que ela é tecnicamente menos sofisticada, o que significa maior facilidade de produção – e preço mais baixo. Ok, a gente sabe que a Suzuki agora só atua no Brasil nas altas cilindradas, mas essa aqui vale uma exceção. Quem resistiria a esse visual legal?

6 – Honda CBR250RR

Da mesma forma, a Honda também poderia disponibilizar por aqui, ainda que de forma importada, a CBR250RR de última geração fabricada na Tailândia. Já que a Fireblade ficou totalmente inacessível para meros mortais, muitos deles aceitariam a sua versão em miniatura de bom grado.

Mais sofisticada que a GSX-R250, a CBR250RR não brinca em serviço: motor de dois cilindros taxado a 12,5:1, 42 cv a 13.000 rpm, 2,5 kgf.m de torque, bengalas invertidas Showa (as mesmas da CB650R) e carenagem igual à CBR1000RR-R. A moto é uma fera!

Introduzida no mercado tailandês em 2018, a CBR250RR acaba de ganhar uma nova geração por lá, com painel totalmente digital, acelerador eletrônico, iluminação por LED e até um quickshifter, coisa que muita moto grande ainda não tem.

A Honda já fez um movimento semelhante uma vez. Em 2012, eles trouxeram a CBR250R monocilíndrica inspirada na série VFR1200F que, mesmo perdendo em desempenho para a Kawasaki Ninja 300, era mais vista nas ruas. Quem tem 80% de marketshare não tem muito a perder.

5 – Suzuki V-Strom 250

Ao lado das esportivas, as pequenas adventure de pequeno e médio porte estão com tudo hoje em dia. Honda XRE 300, Yamaha XTZ 250 Lander, Kawasaki Versys X-300 e BMW G310GS vendem como água. Mas falta uma japonesa. Alô Suzuki, cadê você?

Novamente citando o mercado asiático, onde é bem mais atuante, a Suzuki conta com a V-Strom 250, mais uma derivada da Gixxer 250 (a Twister 250 deles), que desenvolve 26 cavalos de potência e 2,26 kgf.m de torque através de um câmbio de 6 marchas.

Atualizada no ano passado, a V-Strom 250 tem tudo o que um aventureiro gosta: painel digital conectável com o smartphone (e bem alto), para-brisa, banco largo, suporte para bagagens e aquele para-lama com bico imortalizado nas BMW GS.

Depois das esportivas GSX-R, a série V-Strom é mais querida pelos fãs da Suzuki no Brasil graças a fama de inquebráveis que adquiriram ao longo dos anos. Uma pequena 250cc certamente faria a alegria de muitos, mas a JTZ Motors acaba de delegar a função para a chinesa Zontes T310.

4 – Aprilia RSV4

Agora vamos falar de motão. O brasileiro sempre foi apaixonado por superbikes. Potentes, tecnológicas e chamativas, elas eram (e ainda são) a resposta para o que muita gente quer de uma vida em alta velocidade. Gente que prefere viver dez anos a mil do que mil anos a dez, como dizia Cazuza.

Nesses 30 anos de reabertura do mercado muita coisa passou por aqui. Honda Fireblade, Yamaha R1, Suzuki GSX-R1000, BMW S1000RR, Ducati Panigale. Tivemos todas! Mas tem uma marca italiana que o brasileiro nunca conheceu pessoalmente. É claro que estamos falando da Aprilia.

No exterior, especialmente na Europa, a Aprilia RSV4 é uma superbike tão icônica quanto essas todas. Pergunte a qualquer gringo. Pudera: 230 cv, 165 kg, suspensão Öhlins, escapamento de titânio, pinças de freio Brembo GP4-M, rodas de magnésio, asas! Coisas de arrepiar qualquer Ducatista.

A Aprilia pertence ao Grupo Piaggio que, entre outras, é detentora da marca Vespa. Essa foi a escolhida para eles marcarem presença no Brasil, onde comercializam seus scooters icônicos – e caríssimos – em boutiques de shoppings. Ô dona Piaggio, o nosso negócio é outro!

3 – Yamaha Tracer 7

Falar de Yamaha é como pisar em um campo minado. No exterior, a marca dos diapasões possui uma série de motocicletas de alta cilindrada extremamente atraentes que a filial brasileira deixou de trazer por um motivo ou outro. Outra delas é a Tracer 7. Há mais.

Se a MT-07 já é maravilhosa, imagine a Tracer 7 que tem para-brisa regulável em 60 mm, guidão 34 mm mais largo com suporte para GPS, painel colorido, garfos ajustáveis de 41mm e assento mais confortável para horas e mais horas de viagem.

Mecanicamente a Tracer 7 é idêntica à MT-07, com o seu cultuado motor de dois cilindros paralelos “crossplane” que desenvolve 74,8 cv a 8.750 rpm e 6,93 kgf.m a 6.500 rpm. Uma agilidade de encher os olhos. Levinha para a categoria, a motocicleta pesa apenas 196 kg a seco.

A Yamaha do Brasil, entretanto, optou por trazer a Tracer 9 para pegar o nicho das “mil”. Só que é na faixa das médias em que a briga da crossovers é mais acirrada, com Kawasaki Versys 650, Triumph Tiger Sport e Honda NC750X. Eles devem ter os motivos deles, mas…

2 – Kawasaki KLR 650

Kawasaki KLR 650: pronta para qualquer guerra.

A Kawasaki Versys 650 foi bem aceita e vende bem, mas é um consenso entre seus proprietários: deveria haver uma versão mais trilheira, com rodas raiadas de 21 polegadas. Do jeito que está ela é apenas linda, mas não gosta de se sujar no Off-Road.

Uma versão assim nunca foi criada, mas nos EUA a marca de Akashi oferece a icônica KLR 650, uma trilheira puro sangue lançada em 1987 nos mesmos moldes da nossa finada Yamaha XT 660R, que marcou uma geração inteira de aventureiros raiz.

O motor é um monocilíndrico de 652 cm³ que desenvolve apenas 40 cv a 6.000 rpm. Mas o seu negócio, mesmo, é torque: 5,25 kgf.m a apenas 4.500 giros. Coisa de trator. Há quem diga que esse propulsor é simplesmente inquebrável, não importa o que você faça. O brasileiro ama isso.

Nos EUA, três versões estão disponíveis: Standard; Adventure/Traveler, com acessórios para viajar; e S, um pouco mais baixa para pilotos de menor estatura. Quase todas vêm com cores que exalam virilidade, como verde oliva e camuflada. Kawasaki do Brasil, você está perdendo de ganhar dinheiro!

1 – Yamaha Ténéré 700

Guardei a melhor para o final. Não é preciso grandes introduções. Desde quando foi apresentada como protótipo, ainda em 2016, a Ténéré 700 é aguardada com grande ansiedade. Só isso nos dá uma dimensão do quanto o produto é desejado.

Introduzida no final de 2018, a Ténéré 700 era a grande esperança dos órfãos da XT660Z e da XTZ 1200Z em finalmente ter uma moto nova. O tempo foi passando, os outros países foram ganhando diferentes versões. Até o Chile já tem a sua e nós nada. A ansiedade deu lugar à raiva.

Trilheiras de porte médio vendem bem, especialmente no Brasil, com suas estradas esburacadas e grandes rincões rurais dignos de Rali dos Sertões. Países assim costumam exigir veículos superdimensionados e a Ténéré 700 parece nos servir como uma luva.

Como eu disse no início, há uma série de razões para um fabricante não trazer um produto em detrimento de outro. Nem todos os motivos vem a público. Certamente, a Yamaha deve estar ciente do clamor pela Ténéré 700. O recente investimento de meio bilhão anunciado para melhorias de infraestrutura e logística abre uma nova esperança de que a moto chegue aqui logo.

Inscreva-se em nosso Canal no YouTube: The Riders e conheça histórias incríveis do mundo biker!

fonte: https://www.noticiasmotociclisticas.co/10-motos-que-fariam-bonito-no-brasil/

Notícias relacionadas

KTM e Brabus: Uma Dupla Dinâmica para a Streetfighter

Marcelo Nunes

Sarkcyber HC10X Cetus, megascooter mangá carregado com eletrônica e poderoso

Marcelo Nunes

Honda GB350C 2024, uma naked dos anos 50 do século 21

Marcelo Nunes

Deixe um comentário