Que as motos elétricas já são uma realidade há tempos, todos já sabemos. Mas agora chegou a hora delas transcenderem o mero uso urbano, e já começam a pipocar modelos com design inspiradíssimo e proposta de uso mais radical.
Ainda não são como as motos usadas nas competições da categoria MotoE – autênticas superbikes elétricas -, mas são realmente impressionantes e, quando chegarem às ruas, não ficarão atrás dos modelos com motor a combustão.
E isso não vai demorar muito. A marca canadense Damon, por exemplo, aproveitou a feira de inovações tecnológicas CES Las Vegas para mostrar ao mundo a HyperFighter, uma naked com design que não faria feio diante, por exemplo, das sempre sedutoras motos italianas.
A marca já tem experiência no ramo: desde 2020 vende por lá e nos Estados Unidos a HyperSport, uma elétrica carenada com nada menos que 200 cv de potência e torque equivalente a quase 20 kgf.m!
A HyperFighter, por sua vez, é praticamente uma evolução da Hypersport. Será feita em três versões e a que foi exibida tem o sugestivo sobrenome de Colossus. Além dela, virão as Unlimited 15 e 20, que terão o mesmo conjunto propulsor – este, aliás, foi considerado uma das mais importantes inovações na CES Las Vegas.
Com o conjunto motriz, batizado de Hyperdrive, a moto acelera de 0 a 97 km/h em menos de 3 segundos. É coisa digna das motos a combustão mais rápidas do mundo, como a Suzuki GSX-R 1.300 Hayabusa ou a Kawasaki Ninja H2!. A velocidade máxima é de colossais (com trocadilho, por favor) 274 km/h.
Seria de se esperar que, com tal desempenho, a autonomia da moto fosse curta. Mas a Damon promete, com sua bateria de 20 kWh, uma rodagem de 235 quilômetros com uma carga plena. A futura versão Unlimited 15 tem bateria menos potente, que nesse caso será de 150 cv – a máxima será de 241 km/h e a autonomia, de 193 quilômetros.
Concorrente chega em março ao mercado indiano
Do outro lado do mundo, a Ultraviolette F77 chegará ao mercado indiano no próximo mês de março. Será produzida pela empresa Ultraviolette Automotive, que tem parceria com a gigante indiana TVS. A marca já aceita pré-encomendas e a moto será vendida em três versões – Airstrike, Shadow e Laser.
Segundo a fabricante, a F77 vai pesar 158 quilos. Sua proposta e uso é menos radical e, por isso, tem potência de 33,5 cv e torque de cerca de 8 kgf.m. Curiosamente o modelo tem uma marcha reduzida e “relação” por corrente, algo incomum em motos elétricas. O 0-100km/h é feito em 7,5 segundos e a velocidade máxima é de 147 km/h, com autonomia entre 130 e 150 quilômetros proporcionada pelo pack com três baterias que somam 4,2 kWh e precisam de cinco horas para uma recarga plena (uma carga rápida é feita em uma hora e meia).
O quadro da F77 é de aço treliçado e a moto tem quitutes como suspensões dianteiras invertidas, monochoque traseiro ajustável na pré-carga e freios a disco com ABS que regenera energia. Três modos de pilotagem, iluminação full-LED e painel de TFT também fazem parte do interessante conjunto.
