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The Riders Histories
Curiosidades

Lendas e mitos sobre motos

Selecionamos 10 histórias que são ouvidas com frequência por quem anda de moto, pesquisamos suas origens e a possibilidade de terem algum fundo de verdade. Porque, cuidado: toda brincadeira pode ter um fundo de verdade…

10 mitos e lendas sobre motos

1. Naftalina no tanque

A história de que botar naftalina no tanque de combustível faria o veículo andar mais e consumir menos é bem a cara do 1º de abril. Surgiu nos anos 1960 e 1970. Dizia-se que o naftaleno, ingrediente ativo da naftalina, aumentava a octanagem da gasolina brasileira, que na época era entre 60 e 80. Aí, a mistura do octano do motor com o naftaleno levaria esse número para 90 octanas, o que tornaria o desempenho do motor mais eficiente.

Por outro lado, mecânicos alertam, até hoje, que o uso das bolinhas de naftalina pode entupir carburadoresinjeções e filtros, além de causar outros males. Como hoje nossa gasolina tem no mínimo 92 octanas, é mais recomendável usar um combustível de boa qualidade e deixar a naftalina no armário.

2. Borracha sob o descanso para a bateria não descarregar

polo negativo da bateria da moto está ligado ao chassis. Outra digna de 1º de abril. Com o chassis aterrado ou não, ele continua sem ter qualquer influência num eventual descarregamento da bateria. Ou seja, botar borracha ou madeira sob o descanso para evitar o descarregamento da bateria não faz o menor sentido.

Se fizesse qualquer diferença, o manual da sua moto recomendaria o procedimento ou o descanso já viria com um acabamento emborrachado, não é? A bateria da moto descarrega por falta de uso ou por “percurso condutor” – ou seja, é preciso que seus dois polos estejam em operação para fechar uma corrente de descarga. E isso não acontece simplesmente pelo descanso estar em contato com o solo.

3. Guidão alto cansa o braço

guidão “seca-suvaco” é mais frequentemente usado nas motos custom. E quem já pilotou na estrada com um, de qualquer altura, percebeu que praticamente não segurou o guidão, mas apenas apoiou as mãos nele. Então, em teoria não cansa. Porém, eventualmente esses guidões exigem que os braços fiquem mais esticados que o recomendável – e aí, se estiverem acima da altura dos ombros, podem cansar, sim. Dependerá, mesmo, da altura do piloto e do tamanho dos seus braços.

Mas vale lembrar que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que a altura do guidão de uma moto não deve passar a altura dos ombros do piloto. Isso não está lá à toa: é uma lógica ergonômica. Guidões até a altura dos ombros permitem uma pilotagem mais segura em quaisquer condições e, acima disso, limitam os movimentos dos braços em curvas fechadas de baixa velocidade, em situações de emergência e até em manobras. No fim das contas, é uma escolha estética. Com risco de levar multa.

4. É vantagem usar pneu de carro na motocicleta

Eis aqui uma das maiores polêmicas dos últimos anos. O que defendem lembram que o custo de compra é bem mais baixo e a durabilidadebem superior à de um pneu de moto da mesma medida. Os que reprovam o uso de pneu de carro em moto o fazem em nome da segurança. Os dois lados têm suas razões. É possível usar pneu de carro em moto, principalmente em modelos custom, e com isso pagar menos da metade por uma quilometragem que pode ser o dobro.

Porém, pneus de carro são “quadrados” e, na imensa maioria dos casos, inteiramente feitos com um único composto e com apenas uma “maciez“. Já os pneus de moto são arredondados e, no caso dos modelos para motos grandes, chegam a ter dois ou três compostos para proporcionar respostas adequada em retas e curvas, quando as demandas são diferentes – sem contar que, por serem arredondados, terão maior área de contato com o piso nas curvas.

Pneu de carro na moto não fará muita diferença em situações normais ou cotidianas. Mas em um momento de exigência severa, lá no limite, fará diferença sim. É como usar uma pastilha de freio de baixa qualidade – ela vai resolver na condução tranquila, mas na emergência ou em situações extremas e adversas, não terá a mesma performance que uma pastilha de boa qualidade. A escolha é de cada um.

5. Pedaleiras do garupa abertas em viagens solitárias

Uma “lenda estradeira” diz que, se as pedaleiras do garupa estiverem abertas durante uma viagem sem acompanhante, espíritos malignos das estradas podem subir na garupa e fazer algum tipo de mal ao piloto. Então, as pedaleiras devem estar fechadas o tempo todo. Mas, em caso de queda, as pedaleiras abertas podem reduzir os danos na moto, ao absorver parte do impacto e, assim, preservar outras peças.  Ficou na dúvida? Siga seu coração…

6. O sino guardião

A lenda diz que o sino guardião tem o poder de aprisionar os maus espíritos que vagueiam pelas estradas, e que são responsáveis pela má sorte nas viagens. Normalmente os motociclistas o penduram na parte inferior do quadro da moto, próximo ao chão, para que seu tilintar seja ouvido pela estrada e afaste ou aprisione os tais maus espíritos.

Outros aspectos curiosos dessa história: se alguém roubar o sino de um motociclista, não terá a proteção e ainda será amaldiçoado com todos os espíritos malignos que o sino aprisionou. Por fim, a lenda diz que o sino não pode ser comprado – deve ser dado ou recebido como presente para que ofereça a devida proteção. Mesmo quem não acredita na história deve saber de uma coisa: dar ou ganhar um sino guardião é sinal de forte amizade com outro motociclista.

7. O código biker

Há muito debate sobre um tal “código biker“, que seria um conjunto de regras sobre irmandadehonraria e respeito (entre outros aspectos sempre muito nobres) que deveriam nortear as relações entre os motociclistas. Incluiria até um simpático “cumprimento biker” que deveria ser obrigatório quando dois motociclistas cruzam na estrada em sentidos contrários. Muitos dizem que nunca ninguém editouleu ou viu o tal livro.

Mas ele existe: chama-se “The Biker Code – Wisdom for the ride” (Código Biker – Sabedoria para a Viagem, em tradução livre). Foi escrito pelos americanos Stuart Miller e Geoffrey Moss, editado em 2002 e as avaliações no site americano de vendas Amazon são desanimadoras. Como não tem tradução no Brasil, não perca seu tempo: no fim das contas, valem os conceitos que deveriam fazer parte de qualquer sociedade civilizada – como educação e gentileza, entre outros.

8. Passar marcha no tempo economiza embreagem

Essa não dá nem para considerar brincadeira de 1º de abril. Afinal, pode causar prejuízo. Essa manobra simplesmente não economiza e pode causar danos aos discos e espaçadores de embreagem . Quando a marcha é trocada sem a “permissão” da embreagem acionada – a famosa troca “no tempo” -, o acoplamento nunca acontece da forma suave como deveria. E isso, a longo prazo, causará danos no conjunto de embreagem da moto.

Uma opção para quem não gosta de usar embreagem é instalar um quickshifter na moto, quando isso for possível. O dispositivo permite a troca da marcha em um tempo menor que o habitual, sem precisar acionar a manete da embreagem e sem aliviar o acelerador. Para isso, um sensor detecta a mudança iminente da marcha, a CPU processa os dados (tempo pressão no seletor) e a ignição é cortada momentaneamente.

Isso reduz a carga na transmissão e permite que a marcha deslize e engate no lugar adequado – um processo que demora apenas milissegundos. Se não for possível botar o dispositivo, use a embreagem.

9. Amazonas e Kahena não quebram

Qualquer motocicleta quebra se não for bem cuidada. E isso inclui as icônicas Amazonas e sua evolução, a Kahena. A primeira, da década de 80, e a segunda, da década de 90, tinham em comum o fato de usarem o mesmo motor Volkswagen 1.600 – aquele mesmo, do Fusca. Por isso, muita gente considera essas motos inquebráveis. E outras tantas alardeiam isso no 1º de abril.

Mas não é bem assim. Motocicletas são muito mais do que apenas o motor, e as duas tinham lá suas vulnerabilidades. Então quem tem uma Amazonas ou uma Kahena, ou tem vontade de comprar uma das duas, precisa saber que terá que tomar os devidos cuidados – como faria com qualquer outra motocicleta.

10. Moto de determinada cor anda mais

Essa é daquelas 1º de abril bem escrachadas. Em nenhum caso isso vira verdade – nem na exótica moto da foto abaixo. A Harley-Davidson vermelha não anda mais que as Harley-Davidson de outras cores, a Yamaha Ténéré 250 azul não anda mais do que as Ténéré 250 de outras cores e a Suzuki Hayabusa branca não anda mais que as Hayabusa de outras cores. Se alguém afirmar isso… feliz 1º de abril!

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