Quando a Honda inaugurou sua subsidiária no Brasil, em 1971, um dos modelos do catálogo que mais chamou a atenção foi a CB 125, uma pequena mas luxuosa motocicleta equipada com um motor bicilíndrico.
Na estreia no país que visitava uma concessionária ficava espantado com a variedade, havia desde a pequena SS 50V até a poderosa CB 750 Four. Porém, como dito, a CB 125 era uma das mais admiradas. A razão? Uma mistura de fatores, que fazia dela uma máquina realmente única.
As especificações técnicas eram de moto grande: o motor de dois cilindros tinha câmbio de cinco marchas, comando de válvulas no cabeçote acionado por corrente e era dotado de partida elétrica e a pedal. A alimentação contava com dois carburadores Keihin PW18 e o sistema de escapamento tinha ponteiras individuais, uma para cada cilindro.
Na parte ciclística, se destacava o chassi tubular de aço tipo berço simples, com suspensão telescópica na dianteira e dois conjuntos mola-amortecedor reguláveis na traseira. O freio a tambor dianteiro, de 160 mm de diâmetro, tinha acionamento “duplex”, sistema comum apenas em motos esportivas da época.
Todavia, era o visual o ponto de maior atração da CB 125. O grafismo era idêntico ao da cobiçada Honda CB 350. Aliás, em termos técnicos, pode se dizer que a Honda CB 125 era uma miniatura da CB 350, com a mesma arquitetura de motor e chassi.
O painel da Honda CB 125 era completo, com dois mostradores – velocímetro e contagiros, o que conferia status e era certamente um ponto de diferenciação desta pequena 125. O acabamento excepcional apresentava detalhes elegantes, como o assento escamoteável com abertura por chave, que dava acesso à bateria de 6 volts e à duas travas de capacete. As pedaleiras do garupa eram fixadas ao quadro e não na balança de suspensão, o que traduzia en conforto para o passageiro, um ponto de distinção que aproximava a CB 125 das motos de alta cilindrada.
Todas estas características, incomuns para uma 125 cc, fizeram da menor das Honda CB um verdadeiro objeto do desejo, moto que permaneceu no catálogo da Honda brasileira até a proibição das importações de veículos em 1976, e consequente chegada da Honda CG 125 produzida em Manaus, AM.
O exemplar que ilustra esta matéria, na clássica cor Candy Gold, pertence à Remaza Collection, em São Paulo. Não se trata de um modelo restaurado mas sim conservado, o que pela sua idade – 50 anos – comprova a excelência da construção e alta qualidade dos materiais empregados em sua fabricação. Aliás, além da fama de ser uma motocicleta luxuosa, muito bem equipada e construída, a CB 125 se comprovou também muito resistente e econômica, tanto pelo baixo consumo de combustível como pela longevidade de seus componentes.
A Honda CB 125 foi produzida nesta mesma configuração técnica de 1969 a 1976, e pode ser considerada um sucesso mundial da marca, genuína representante da prestigiada família CB da Honda.
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fonte: https://www.honda.com.br/motos/blog/moto-honda-cb-125-elegante-bicilindrica
