Max Bartolini mudou-se da Ducati para a Yamaha, afim de assumir o novo papel de ‘Diretor Técnico de Operações de MotoGP’ para o difícil projeto da YZR-M1. Lin Jarvis, diretor da Yamaha Racing, acredita que com esta contratação a marca japonesa vai dar um passo adiante.
Em primeiro lugar, a chegada dos ex-engenheiros da Ducati Marco Nicotra, em outubro passado, e Max Bartolini, em janeiro, marca a ‘terceira fase’ na nova abordagem da Yamaha no MotoGP. Mas, embora a Yamaha tenha conquistado o campeonato do mundo com Fabio Quartararo em 2021, a partir de então a balança pendeu a favor da Ducati
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Certamente, a ascensão das marcas europeias – Ducati, KTM e Aprilia – desde então sobrecarregou os fabricantes japoneses. Contudo, a Honda não venceu em 2022 e a Yamaha em 2023. Portanto ambas as fábricas japonesas estão a implementar grandes mudanças, que no caso da Yamaha começaram com a contratação do ex-designer de motores de F1 Luca Marmorini em 2022.
Certamente, a chegada do Max Bartolini faz parte de todo um processo que começou provavelmente em 2022, quando assumimos o contrato com Luca Marmorini e a sua equipe de engenheiros, para nos ajudar a desenvolver o motor. ‘Olhar para fora do Japão, olhar para fora da nossa caixa, adquirir novos conhecimentos e adquirir mão de obra adicional’, foi a primeira fase.
Explicou Lin Jarvis, diretor da Yamaha Racing.
Certamente, a segunda fase foi bem mais recente, em agosto passado, quando a Yamaha iniciou o contrato de colaboração com a Dallara, um especialista automóvel bastante famoso. “ Mas, eles começaram a nos ajudar com a aerodinâmica porque, honestamente, estamos bem atrasados com a aerodinâmica.”
Por exemplo, sobre a terceira parte do processo, Jarvis esclarece que “foi provavelmente quando tiramos Marco Nicotra da Ducati e ele agora é chefe do nosso novo departamento de aerodinâmica com sede em Itália. Mas, ele juntou-se a nós em outubro e agora conseguimos contratar Max Bartolini, que se juntou a nós em janeiro deste ano e que depois disso se deslocou ao Japão para ter as primeiras discussões e se apresentar a todas as pessoas.”
“Não se muda da noite para o dia o método de trabalho”
Certamente, é um processo lento, não se muda da noite para o dia todo o método de trabalho mas sabemos que precisamos mudar. Sabemos que precisamos acelerar e de ser menos conservadores.
Portanto, precisamos abrir a mente e principalmente a eficiência que trabalhamos num teste ou fim de semana de corrida.”
Contudo, podemos fazer muito melhor e o Max vai trazer-nos o seu conhecimento e experiência externa e trabalhará para criar, não o sistema Ducati, mas para criar um sistema Yamaha de nova geração.
Jarvis enfatizou que Bartolini, anteriormente engenheiro de desempenho de veículos na equipa de fábrica da Ducati, recebeu um nível de autoridade técnica sem precedentes dentro de uma equipa japonesa de MotoGP.
O título oficial do italiano é ‘Diretor Técnico de Operações de MotoGP’, colocando-o no mesmo nível de Kazuhiro Masuda, líder do grupo de MotoGP da Yamaha e líder do projeto M1.
As únicas pessoas acima de Bartolini são Masuda e o diretor de equipa Massimo Meregalli na hierarquia da Monster Yamaha.
MOTOGP: DUCATI E KTM FORAM AS MAIS RÁPIDAS NO TESTE DO QATAR
Ao alcançar os 355,2 km/h, a Ducati GP24 de Enea Bastianini foi claramente a moto mais rápida no último teste de MotoGP, terminando à frente de Brad Binder (KTM) e Francesco Bagnaia (Ducati), mas porque razão não foi derrubado o anterior recorde de velocidade no Qatar?
Desde o GP da Itália do ano passado, o recorde de velocidade máxima na classe rainha sobre duas rodas manteve-se em impressionantes 366,1 km/h, alcançados pelo sul-africano Brad Binder na longa recta de 1,141 km no circuito de Mugello.
Nos anos anteriores, estávamos habituados ao facto do circuito de Lusail, com a sua recta de 1.068 km, também ser um bom circuito para recordes de velocidade- por exemplo, em 2021, quando Johann Zarco (ainda na Pramac-Ducati) chegou aos 362 km/h nos treinos livres
Um recorde que não foi batido nos últimos treinos do Qatar.
De facto, no último teste de inverno, de longe o mais veloz foi Enea Bastianini (Ducati) que alcançou a velocidade máxima de 355,2 km/h em Doha.
O segundo mais rápido foi Brad Binder (KTM) que atingiu um máximo de 351,7 km/h.
Uma das explicações para o recorde de velocidade não ter sido batido, tem a ver com o facto do ponto de medição da velocidade máxima na reta de largada e chegada ter sido deslocado em cerca de 30 metros, o que fez com que a marca dos 360 km/h também não tenha caído no no GP do Catar de 2023.
A lista de velocidades máximas no teste deste ano colocou os dois pilotos da Yamaha no top 10, em total contraste com a Aprilia RS-GP, que se encontra na zona mais baixa da tabela de velocidades máximas.
Porém, o fabricante de Noale não quer levar para a pista a fase final de desenvolvimento do motor até o início do mundial de MotoGP.
Tal como todos os fabricantes dos grupos “Concessões” A a C, a Aprilia tem de homologar a especificação do motor antes do início da temporada, mas é apenas uma pequena atualização, ouviu-se em Doha.
Apenas a Yamaha e a Honda estão autorizadas a desenvolver ainda mais os seus motores durante a temporada, graças às novas concessões.
Velocidades máximas no teste do Qatar:
1. Enea Bastianini, Ducati, 355,2 km/h
2. Brad Binder, KTM, 351,7
3. Francesco Bagnaia, Ducati, 351,7
4. Fabio Di Giannantonio, Ducati, 350,6
5. Fabio Quartararo, Yamaha, 349,5
6. Pedro Acosta, KTM, 349,5
7. Johann Zarco, Honda, 348,3
8. Luca Marini, Honda, 348,3
9. Álex Rins, Yamaha, 348,3
10. Augusto Fernández, KTM, 347,2
MOTOGP, ALDEGUER E RUEDA TERMINAM TESTES DE MOTO2 E MOTO3 NA FRENTE
Fermín Aldeguer (Sync SpeedUp) e José Antonio Rueda (Red Bull KTM Ajo) foram os pilotos mais rápidos do terceiro e último dia de testes de Moto2 e Moto3 em Jerez, ambos com marcas mais rápidas do que o recorde de pista.
No que toca ao Moto2, Aldeguer fez a sua melhor volta em 1:40.307 minutos, batendo Joe Roberts (OnlyFans American Racing Team) por 44 milésimos, com Manuel González (QJMOTOR Gresini Moto2) em terceiro, a 78 milésimos, sendo que Aldeguer e Roberts registaram quedas no último dia.
Sete pilotos bateram o recorde de pista (1:40.640), com Tony Arbolino e Arón Canet a fecharem o top-5. Deniz Öncü foi o rookie mais rápido, rodando em 1:41.161, a oito décimos de Aldeguer.
No Moto3, Rueda fez o melhor tempo em 1:43.272 minutos, quase dois segundos mais rápido do que o recorde de pista, batendo David Alonso (CFMOTO Aspar Team) por 233 milésimos, com Ivan Ortolá (MT Helmets – MSI) em terceiro, a 334 milésimos.
Contudo, a melhor volta de Alonso foi feita no segundo dia, apenas a 43 milésimos do tempo de Rueda. Ortolá e Ryusei Yamanaka fizeram as suas melhores voltas hoje, a menos de quatro décimos de Rueda, com Collin Veijer a terminar no top-5 da geral, a mais de meio segundo.
O melhor rookie foi Jacob Roulstone, com o seu tempo de ontem (1:44.538), pouco à frente daquele que foi feito hoje por Luca Lunetta.
- Fermín Aldeguer 1:40.307
- Joe Roberts + 0.044
- Manuel González + 0.078
- Tony Arbolino + 0.130
- Arón Canet + 0.134
- Somkiat Chantra + 0.191
- Marcos Ramírez + 0.200
- Alonso López + 0.312
- Zonta van den Goorbergh + 0.355
- Ai Ogura + 0.371
- Celestino Vietti + 0.494
- Jake Dixon + 0.565
- Sergio García + 0.646
- Bo Bendsneyder + 0.707
- Jeremy Alcoba + 0.813
- Albert Arenas + 0.826
- Barry Baltus + 0.830
- Deniz Öncü + 0.854
- Izan Guevara + 1.006
- Filip Salac + 1.018
- Senna Agius + 1.101
- Diogo Moreira + 1.158
- Dennis Foggia + 1.199
- Alex Escrig + 1.344
- Darryn Binder + 1.464
- Jaume Masia + 1.494
- Ayumu Sasaki + 1.769
- Xavi Cardelus + 1.798
- Xavier Artigas + 3.739
Resultados do último dia de testes de Moto3:
Resultados do último dia de testes de Moto3:
- José Antonio Rueda 1:43.276
- David Alonso + 0.233
- Ivan Ortolá + 0.334
- Ryusei Yamanaka + 0.352
- Daniel Holgado + 0.593
- Collin Veijer + 0.914
- Stefano Nepa + 1.133
- Luca Lunetta + 1.298
- Adrian Fernández + 1.308
- David Almansa + 1.448
- Jacob Roulstone + 1.559
- Scott Ogden + 1.593
- Filippo Farioli + 1.608
- Matteo Bertelle + 1.619
- Tatsuki Suzuki + 1.796
- David Muñoz + 1.865
- Joel Esteban + 1.870
- Nicola Carraro + 1.877
- Joel Kelso + 2.016
- Riccardo Rossi + 2.024
- Xabi Zurutuza + 2.037
- Taiyo Furusato + 2.049
- Tatchakorn Buasri + 3.137
- Noah Dettwiler + 3.449
- Lorenzo Dalla Porta + 4.994
MOTOGP, JORGE MARTÍN: “NO FINAL DA ÚLTIMA ÉPOCA, SOFRI COM A PRESSÃO”
Jorge Martín pretende voltar a lutar pelo título esta temporada, mas não quer que isso se torne numa obsessão que o deixe demasiado pressionado. O espanhol apontou alguns aspetos que pretende melhorar.
“No que toca a velocidade, somos competitivos, mas vai ser importante ter bons resultados a começar nas primeiras corridas, algo que faltou no ano passado e que me obrigou a perseguir na segunda metade da época.
Também vou ter de trabalhar em gerir a corrida no domingo, tentar preparar a moto mais para a corrida longa do que só para velocidade. Admito que, na última parte da última época, sofri com a pressão.
Estava obcecado em ganhar o campeonato e é algo em que vou ter de trabalhar outra vez este ano”, disse.
MOTOGP, MICK DOOHAN: “DEPOIS DAS PRIMEIRAS CORRIDAS, VAMOS TER UMA IDEIA MELHOR”
Mick Doohan esteve presente no Bahrain a acompanhar a apresentação da Pramac, com o australiano a falar das suas expetativas para o campeonato de MotoGP.
“O Jorge esteve muito perto de ganhar o campeonato no ano passado, imagino que vá ser o mesmo este ano.
Não sei o que se estava a passar nos testes, mas a Ducati estava forte, há muitas Ducati na grelha e imagino que o Jorge vá estar na frente, tal como o Bagnaia e não se pode descontar o Marc Márquez, ele vai ser forte. Há muitos pilotos jovens, o Acosta pode ser um wild-card, dependendo de como estiver a GASGAS.
Mas estamos no início, não vi muito dos testes, vi alguns resultados, mas é difícil perceber o que se está realmente a passar. Depois das primeiras três ou quatro corridas, vamos ter uma ideia melhor da situação.
Espero poder estar no circuito para uma ou duas corridas este ano”, disse.
MOTOGP, CRYPTODATA VAI INICIAR AÇÃO LEGAL CONTRA DORNA E IRTA
A CryptoData, empresa romena que era dona da RNF no ano passado, vai iniciar ação legal contra o MotoGP, depois de ter sido retirada a licença a essa equipa no final de 2023.
Como base da decisão, a CryptoData alega que as duas organizações cometeram “graves quebras de obrigações contratuais e tiveram práticas anti-competitivas”.
A RNF era a equipa-satélite da Aprilia em 2023, antes de lhe ter sido retirada a licença pela Dorna e pela IRTA, com a Trackhouse a ocupar o seu lugar.
MOTOGP, GINO BORSOI NÃO COMENTA RUMORES SOBRE FERMÍN ALDEGUER
Portanto, perante os rumores de que Fermín Aldeguer já terá contrato com a Pramac para 2025, o team principal Gino Borsoi não quis falar sobre isso durante a apresentação da equipa no Bahrain.
“Só quero falar de 2024, é o meu objetivo e quero falar sobre os meus pilotos.
Em resumo, estamos focados nas corridas e em reconquistar o título de equipas, sabemos que não é fácil, mas temos outra oportunidade. Vamos falar sobre o futuro, mas mais tarde”, disse.
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