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MOTOGP, MALÁSIA, CORRIDA: BASTIANINI TRIUNFA

MOTOGP, MALÁSIA Enea Bastianini venceu o Grande Prémio da Malásia à frente de Álex Márquez, Pecco Bagnaia e Jorge Martin. O ‘Martinator’ sofre para se manter na luta pelo título mundial com Pecco. Miguel Oliveira desiludiu uma vez mais, tal como todo o pelotão Aprilia.

MOTOGP, MALÁSIA, CORRIDA: BASTIANINI REGRESSA AOS TRIUNFOS, BAGNAIA BATE MARTIN

Enea Bastianini venceu a corrida de MotoGP do Grande Prémio da Malásia. Poker Ducati em Sepang, com Pecco Bagnaia a ampliar de novo a sua vantagem no campeonato sobre Jorge Martin, respectivamente terceiro e quarto numa corrida morna, na qual desde muito cedo se começou a perceber o resultado final. Muito bom segundo lugar para Álex Márquez e mais um fim de semana com desfecho decepcionante para o luso Miguel Oliveira, que abandonou por queda a 17 voltas do final.

Álvaro Bautista correu como piloto convidado (wild card) com uma Ducati GP23. Lecuona substituiu Rins na LCR Honda. Não choveu e fez muito calor, com 32 graus no ar e 45 no asfalto.

Filme da corrida

No arranque Martín pareceu ter ganho vantagem, mas deslizou com a Ducati da Pramac na curva 1 e foi Bastianini quem aproveitou para assumir a liderança, à frente de Álex Márquez. Bagnaia foi terceiro no arranque, à frente de Bezzecchi e Jorge Martin. Jack Miller apertou o punho da KTM RC16 mergulhou e ultrapassou Quartararo para ficar em sexto. Marc Márquez subiu para 15º. Martinator sabia que tinha que reagir e ultrapassou ‘Bez’ na curva antes da grande recta ficando logo atrás de Pecco.

Voltando ao grupo da frente, Jorge Martin estabilizou a situação com uma diferença entre oito décimos e um segundo em relação a Pecco. Álex Márquez estava meio segundo atrás do líder Enea. Aleix Espargaró com a Aprilia oficial caiu na curva 9 e esta foi a sua quinta queda em todo o fim-de-semana. Dedifinitivamente, Sepang não é uma pista para a Aprilia.

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Atrás de Marco Bezzecchi, em quinto, estava um grande grupo com as duas KTMs, Di Giannantonio e Quartararo a lutarem pelo sexto lugar. Marini, Mobidelli e Viñales lutavam para alcançá-los. E era aqui que residia o interesse da corrida.

A dez voltas do final, Martín já estava dois segundos atrás de Bagnaia, mas felizmente para ele com uma vantagem de quase cinco segundos sobre Bezzecchi. Brad Binder desistiu da luta em grupo ao cair na curva 12. Na frente, Bastianini estava cada vez mais longe do alcance de Álex Márquez, que agora tinha que se preocupar em manter Bagnaia afastado. Taka Nakagami beijou o asfalto… mais uma Honda a perder a frente, na curva 9.

Depois de muitas investidas do francês, Quartararo alcançou Bezzecchi e ultrapassou-o, entrando no ‘top 5’.

Antes da corrida, Bastianini foi questionado pelo seu ano mau. Até Paolo Ciabatti, diretor desportivo da Ducati, disse que iriam considerar a possibilidade de rebaixá-lo para a Prima Pramac para promover Martín. O que ele dirá após esta fantástica corrida de Enea?

Bastianini triunfou sozinho. Foi impecável e não deu opção a Álex Márquez, que não pode vencer num domingo. Bagnaia ficou em terceiro, com Martín em quarto. Agora estão separados por 14 pontos, com 74 em jogo nas provas do Qatar e de Valência.

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MOTOGP, JORGE MARTIN (4º.): “ESTA REGRA DA PRESSÃO DOS PNEUS É UMA TRETA”

Os dois rivais na luta pelo título, Martin e Bagnaia, ainda têm quatro corridas pela frente. Atualmente, estão separados por 14 pontos. Apesar da frustração pelos resultados do fim de semana, o espanhol desvaloriza a situação. “No fim de semana perdemos apenas um ponto, isso não é mau. Estou convencido de que serei rápido nas próximas corridas. Estamos todos próximos, por isso ambos os lados ainda podem ganhar ou perder muitos pontos.”

Comentando o revés no GP da Malásia, o piloto da Prima Pramac atribui o facto de ter terminado atrás do rival Pecco Bagnaia à nova regra de pressão dos pneus que entrou em vigor em 2023.

“Parti com uma pressão de pneu mais alta do que queria. Depois de seis voltas quase caí em todas as curvas. Isso foi frustrante porque nunca consegui forçar durante a corrida. O meu pneu dianteiro aqueceu enormemente atrás do Pecco e tive que dar distância para a temperatura cair.” Esclareceu Martin, que considera que a regra da pressão do ar “está a destruir as corridas reais”.

“Não me importa se tenho 2 pontos ou 80 atrás do Pecco, agora vou partir a loiça toda”

“Este ano só há advertências, mas já a partir da próxima época seremos desclassificados por desrespeitar essa regra. Isso terá um grande impacto no campeonato”, alerta Martin. “Devemos apelar aos responsáveis para que abandonem este regulamento ou encontrem uma solução que facilite o trabalho das equipas”.

A nova regra da pressão de ar dos pneus entrou em vigor na temporada de 2023. A pressão do ar no pneu dianteiro é monitorizada por meio de sensores. Se ficar abaixo do limite mínimo, advertências e penalizações apropriadas foram emitidas desde o GP de Silverstone (6 de agosto).

“Não me importo se fico em quarto lugar com a pressão de ar certa. Prefiro lutar pela vitória com baixa pressão atmosférica. Não me importa se terei dois pontos ou 80 pontos atrás do Pecco no campeonato. É por isso que vou correr o risco nas próximas corridas e forçar”. Concluiu o jovem espanhol de 25 anos.

MOTOGP, MARCO BEZZECCHI (6º.): “O FABIO FOI MAIS FORTE QUE EU NO FINAL”

MOTOGP MALÁSIA

O milagre do aniversário não aconteceu; depois do sexto lugar em Sepang, Marco Bezzecchi (Mooney VR46 Racing) está agora matematicamente fora da corrida pelo título de MotoGP de 2023.

“No geral, faltou-me um pouco de velocidade durante todo o fim de semana – e hoje não foi diferente. Tentei o meu melhor para aguentar, mas perdi volta após volta. Não fui rápido o suficiente para lutar pelos lugares do pódio. Tentei proteger os pneus, mas no final o Fábio foi mais rápido que eu. Ele ultrapassou-me e eu tentei acompanhá-lo, mas foi impossível para mim”.

“Foi complicado, mas eu dei tudo de mim. Este resultado foi o máximo hoje”, comentou “Bez” sobre o seu sexto lugar, atrás de quatro colegas da marca Ducati e do francês da Yamaha, Fabio Quartararo.

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MOTOGP, ÁLEX MÁRQUEZ (2.º): “FOI UM ERRO NÃO ATACAR O ENEA NO INÍCIO”

MOTOGP MALÁSIA

Álex Márquez lamenta não ter colocado pressão sobre Enea Bastianini nos instantes iniciais do Grande Prémio da Malásia, estando já demasiado distante do adversário depois disso. Apesar disso, o espanhol olha para os pontos positivos do seu fim de semana.

“Foi uma corrida rápida, o Enea hoje foi incrível. Um erro que cometi foi não atacá-lo no início. Talvez tenha esperado demasiado para o atacar, e, quando ele estava a meio segundo, era impossível. A temperatura do pneu da frente subiu e estava com dificuldades, não conseguia estar muito perto dele. Ele fez uma corrida incrível, com grande ritmo, temos de aprender com eles, que estão a conduzir melhor a Ducati, mas estamos perto e isso é bom. O Enea também terminou no limite, o Pecco também estava em dificuldades fisicamente, foi uma corrida rápida e isso é mais exigente. Tivemos um fim de semana positivo e não podemos perder a concentração para as últimas duas corridas, temos de estar focados até ao fim”, disse.

“Estou 100% recuperado da lesão nas costelas, sinto-me bem. Não estou a 100% em termos de forma física, só estive uma semana em casa a treinar o cárdio e isso tudo, mas terminar corridas destas é um bom treino para as últimas corridas. Vamos festejar hoje, recuperar amanhã e depois voar para o Qatar. Ainda não temos o nível dos pilotos de topo, estamos mais a rondar o quarto, quinto, sexto lugar. Este fim de semana, fomos muito competitivos, mas estamos nesse nível. Não temos de pensar que temos de ganhar no Qatar e em Valência, temos de progredir de forma constante, temos de ser realistas e dar o nosso melhor para terminar bem a época”, referiu.

MOTOGP, FRANCO MORBIDELLI (7º.): “CONSEGUIMOS SER CONSISTENTES E RÁPIDOS”

MOTOGP MALÁSIA

Franco Morbidelli começou a corrida de 20 voltas em P15 e estava em 13º lugar no final da 2ª volta. Continuou a progredir de forma constante e ganhou mais dois lugares nas duas voltas seguintes. Estava atrás de Luca Marini enquanto este tentava entrar no top 10. Os dois rivais conseguiram apanhar o grupo de pilotos que lutava pelo quinto lugar na 10ª volta.

Era o momento certo para o italiano lançar um ataque a Marini. Com a queda de Brad Binder a nove voltas do final, Morbido subiu para nono. A diferença para o oitavo lugar era de 1,435s, mas Morbidelli não desistiu. Manteve a concentração e ultrapassou Di Giannantonio a duas voltas do final. E também ultrapassou Jack Miller na última volta para receber a bandeira axadrezada em sétimo lugar, a 18,553s do primeiro.

“Foi um fim de semana e uma corrida positivos”, disse o italo-brasileiro. “Conseguimos ser consistentes na corrida e recuperar muitas posições. Estou contente com o trabalho que fizemos este fim de semana e, depois de uma corrida forte, estou ainda mais contente. Hoje a moto estava a funcionar muito bem e conseguimos ser rápidos na recta e ultrapassar.”               

Franco Morbidelli está em 13º lugar na classificação geral, com 93 pontos.

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