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Clássicas

Motos clássicas: a história da Yamaha RX 180 e RD 135

Que tal voltarmos ao tempo em que as motos movidas a 2 tempos imperavam nas estradas? Nada melhor que falar então da Yamaha RX 180, um modelo de pequeno porte que marcou a década de 1980 no Brasil.

Yamaha RX 180 

Para contar a história da RX 180 precisamos retroceder aos primórdios da Yamaha no país. A fabricante chegou aqui em 1970, ainda como uma importadora, e inaugurou sua primeira fábrica em Guarulhos (SP) quatro anos mais tarde.

De lá, saiu a primeira moto genuinamente brasileira, a RD 50. Logo veio a atualização com a RD 75 e mais tarde foi nacionalizada a RS 125 – que montada aqui e com mudanças apuradas passou a se chamar RX 125. Foi desta última que descendeu a RX 180, lançada em 1980.

O modelo chegava motorizado por conjunto de um cilindro, arrefecido a ar, de 176 cm³ com potência máxima de 17 cv a 7.500 e torque máximo de 1.6 kgf.m a 6500 rpm. Tudo isso acoplado ao câmbio de 5 marchas. O tanque tinha capacidade para 12 litros e o conjunto tinha peso seco de 120 kg.

Com essa configuração a moto podia chegar até os 140 km/h. Entre os destaques, claro, ficava o seu motor, com a vibração típica dos motores de um cilindro e 2T, de quem herdava o som estridente clássico. Tinha volume alto mesmo para a época, ponto negativo para alguns e positivo para outros…

Yamaha RX 180 virou ‘moto da polícia’

A Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas, mais conhecida pelo acrônimo ROCAM, é famosa pelo seu trabalho prestado sobre duas rodas. Ao longo da história a corporação constantemente é lembrada pelos modelos que equiparam os agentes.

O que nem todos sabem é que a ROCAM iniciou suas operações em 12 de novembro de 1982. E nessa época, o 1º Batalhão de Polícia de Choque contava com o seu primeiro modelo de moto. Mas precisamente, eram 100  motocicletas Yamaha RX 180, dispostas para os 134 policiais militares.

Deu lugar para a Yamaha RD 135

O modelo fez relativo sucesso na época, rivalizando principalmente com a Honda CG 125, menos potente e também mais silenciosa. E a RX teve várias variações, como a RX 180 Custom, com a adição do freio a disco na dianteira, e a Yamaha RX 180 Avant, versão básica lançada em 1982 que fazia algumas economias em nome da redução de preço – como usar freio a tambor nas duas rodas.

Deu lugar para a Yamaha RD 135

O modelo fez relativo sucesso na época, rivalizando principalmente com a Honda CG 125, menos potente e também mais silenciosa. E a RX teve várias variações, como a RX 180 Custom, com a adição do freio a disco na dianteira, e a Yamaha RX 180 Avant, versão básica lançada em 1982 que fazia algumas economias em nome da redução de preço – como usar freio a tambor nas duas rodas.

Deu lugar para a Yamaha RD 135

O modelo fez relativo sucesso na época, rivalizando principalmente com a Honda CG 125, menos potente e também mais silenciosa. E a RX teve várias variações, como a RX 180 Custom, com a adição do freio a disco na dianteira, e a Yamaha RX 180 Avant, versão básica lançada em 1982 que fazia algumas economias em nome da redução de preço – como usar freio a tambor nas duas rodas.

Ágil para o trânsito urbano e receptiva a preparações, a RD 135 é uma motocicleta que marcou época no Brasil. Em muito, a fama cresceu pelo bom despenho do motor 2 tempos e 132 cm², que fazia com que a Yamaha andasse lado a lado de motos com quase o dobro desta capacidade cúbica – desde que 4 tempos, claro. Relembre sua história, preços, ficha técnica e mais.

Yamaha RD 135

A RD 135 surgiu em 1987, como evolução da RD 125. Nasceu, então, da reformulação que a Yamaha Motor do Brasil fez em seus modelos de baixa cilindrada e permaneceu à venda até 2000, último ano em que a marca comercializou motos com motores 2T homologadas para as ruas por aqui.

Irmã menor da esportiva RD 350, a vocação para acelerar já estava no nome, afinal RD significava Road Developed – desenvolvido para estradas, em tradução livre. Já o desempenho ficava a cargo do motor de 132 cm³, motocilíndrico, que entregava 16 cv a 9.000 rpm e torque de 1,74 kgfm a 8.500 rpm.

Comparando com a antecessora, no visual as atualizações foram sutis, baseadas apenas em grafismos e cores. Assim, as principais evoluções eram mecânicas, sobretudo pelo aumento da cilindrada gerado pelo pistão que cresceu 2 mm – com 58 mm.

A esportiva RD 135Z 

Assim como na gama da antiga RD 125, o modelo 135 ganhou uma versão ‘mais apimentada’ e com apelo esportivo, a Yamaha RD 135Z. A versão recebia novo escapamento e regulagem do carburador, modificações que possibilitavam ao modelo Z entregar 18 cv e 1,74 kgfm, nas mesmas rotações.

amaha RD 135Z era a versão mais completa e com apelo mais esportivo

Como era a versão topo de linha das street da Yamaha na época, a RD 135Z também tinha outros mimos. Além de visual exclusivo, se distanciava da versão de entrada pelo freio a disco na roda dianteira e característica carenagem em torno do farol. A esportiva teve vida curta, produzida apenas de 1990 a 1993, quando a Yamaha decidiu investir apenas na RD 135, mais acessível e com melhor desempenho nas concessionárias.

Fim da era 2 tempos

Na segunda metade dos anos 1990 já era clara a defasagem dos motores dois tempos. A esportividade não compensava o som estridente que saía pelo escapamento, tampouco o maior número de visitas ao posto de combustível, fruto do maior consumo em comparação a motos da mesma cilindrada e quatro tempos.

Yamaha destacava agilidade da RD no trânsito, mas consumo elevado, ruído ensurdecedor e cheiro impregnado nas roupas dificultava o uso da moto no dia a dia

Além disso, em breve o Brasil lançaria seu programa de controle emissões de ruídos e poluentes, o Promot, que daria exterminaria com os 2T das ruas. Desta forma, a produção da RD 135 foi encerrada em 1999, já como modelo 2000, após 13 anos de mercado. Aliás, a 135 foi a penúltima motocicleta de rua equipada com motor 2 tempos no Brasil, antecedendo a despedida da Yamaha DT 200, que aconteceria em 2000.

Na metade dos anos 1990 as RD 135 e Z deixam sinais claros da idade do projeto. Era tempo de desenvolver uma nova street, 4 tempos, econômica. Surgiria a YBR 125

Pontos positivos

Até o início dos anos 2000 o Mundial de Motovelocidade utilizava apenas motos 2T – e a MotoGP ‘se chamava’ 500cc -, então é impossível negar a ligação entre estes motores e a esportividade. Como uma boa representante da classe, a RD 135 tem no desempenho seu principal argumento de vendas.

Graças ao bom desempenho, motor da RD ainda equipa uma infinidade de projetos independentes, desde motos de competição até karts

Seu motor de 2 tempos surge cheio e opera em altas rotações, garantindo excelentes retomadas no trânsito urbano – e também para quem quer mostrar aos demais que é o mais rápido da rua. Além disso, é reconhecida pela fácil manutenção, barata e simples.

Pontos negativos 

O desempenho cobra seu preço na bomba de gasolina. Mesmo com um motor pequeno, de apenas 132 cm³, o consumo da RD 135 era de aproximadamente 24 km/litro, bem acima das concorrentes. O número piorava em tocada esportiva e pode ser ainda mais baixo atualmente, já que as motocicletas têm mais de 20 anos de uso.

Consumo elevado e pequenos detalhes que incomodam eram os principais pontos negativos da 135
Além disso, outros detalhes tentavam apagar o brilho da ágil 135. Entre eles a pedaleira do carona fixa na balança, que se ocupava de transmitir o movimento da suspensão aos pés do carona, e a falta de freio a disco – dois detalhes corrigidos na Z. Aos que não admiram seu perfume, o cheiro de óleo 2T impregnado nas roupas também gera incômodo. A vibração excessiva, outra característica desta arquitetura de motores, também tirava pontos do modelo.
Yamaha RD 135 vale a pena?
As pequenas motos Yamaha com motor 2 tempos deixaram saudades em uma geração saudosistas. Mesmo com suas limitações, o modelo ainda cumpre bem sua função de street, além de poder ser usado para passeios de final de semana regados a lembranças.

Encontrar uma RD 135 que não esteja preparada, customizada ou simplesmente destruída não é tarefa fácil. Definitivamente, não é

Pelo apelo esportivo, geralmente as RD são apreciadas pelo público jovem, o que fez com que a grande maioria de unidades sobreviventes passassem por modificações ou preparações. Por isso, encontrar uma moto original e em boas condições está cada vez mais difícil… E quando acontece, claro, ela tem valor elevado.

Encontrar uma RD 135 que não esteja preparada, customizada ou simplesmente destruída não é tarefa fácil. Definitivamente, não é

Pelo apelo esportivo, geralmente as RD são apreciadas pelo público jovem, o que fez com que a grande maioria de unidades sobreviventes passassem por modificações ou preparações. Por isso, encontrar uma moto original e em boas condições está cada vez mais difícil… E quando acontece, claro, ela tem valor elevado.

Fonte: https://www.motonline.com.br/noticia/review-yamaha-rd-135-ficha-tecnica-preco-e-mais/

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