A produção de motos voltou a registrar alta no Brasil no mês de agosto, encerrando com mais de 98 mil unidades produzidas, um avanço de 0,4% sobre as 97.920 motocicletas fabricadas em julho deste ano e de 14,3% em relação às 114.738 unidades feitas no mesmo mês de 2019. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo.
Porém, a produção de motos no acumulado até agosto deste ano é menor do que o mesmo período do ano passado, pois de janeiro a agosto foram fabricadas 588.495 motocicletas, o que representa uma retração de 20,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou 743.556 unidades. Vale ressaltar que em 2019 o funcionamento das fábricas foi normal durante o ano, enquanto este ano fomos afetados pela pandemia da Covid-19.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, destaca que desde a retomada das atividades, em maio, a produção de motocicletas vem em ascensão. “O volume até poderia ser maior, mas as fábricas ainda operam com restrições, pois a prioridade é preservar a saúde dos colaboradores, atendendo aos protocolos sanitários de segurança”, explica o executivo.
“Isso, no entanto, gera desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Ainda estamos atendendo às entregas atrasadas dos consórcios, por exemplo, que respondem por cerca de 25% das vendas de motocicletas no Brasil”, completa Fermanian.
As vendas no atacado (das fábricas para as concessionárias) totalizam 96.415 motocicletas em agosto, volume 5,4% superior na comparação com julho do presente ano (91.454 unidades) e 7,9% menor ante agosto do ano passado (104.649 unidades). Já no acumulado do ano elas somam 564.988 unidades, significando uma queda de 21,6% na comparação com o mesmo período de 2019 (720.782 motocicletas)
